A tatuagem íntima de Anitta surpreendeu e divertiu os fãs. Um dos motivos é a localização incomum do desenho: o ânus. No entanto, segundo os especialistas, a brincadeira pode colocar a vida da cantora em risco por conta da possibilidade de infecções e a falta de cuidados básicos de higiene durante o procedimento. “A tatuagem nada mais é do que múltiplas microperfurações na pele. Ela fez isso com a pele de uma região que é altamente contaminada porque ali passam fezes e, muitas vezes, urina. Por isso, aumentam as chances de ela ter uma infecção geralmente bacteriana, o que pode levar ao processo inflamatório”, explica a dermatologista Flávia Ravelli.
A médica ressalta que, por ser um local quente e abafado, uma possível infecção corre o risco de ser agravada e ocasionar complicações como a Síndrome de Fournier: “É uma infecção extremamente grave e com altas chances de risco à à vida, o índice de letalidade é alto. Geralmente, durante o tratamento, a pessoa fica internada em Unidade de Terapia Intensiva”.
E o perigo começou desde o momento do procedimento, que foi realizado na mansão de Anitta, e não em um estúdio de tatuagem regulamentado pelos órgãos sanitários. “Se a tatuagem não for feita com as técnicas de assepsia adequadas, existe o risco de contrair uma doença infecciosa como sífilis, hepatite B, hepatite C e HIV”, reforça a profissional.
A dermatologista também aponta os cuidados que a artista deve ter adotado durante o período de cicatrização do desenho. “Geralmente, pedimos para a pessoa lavar a tatuagem duas vezes ao dia. Toda vez que ela fez xixi ou cocô, [a Anitta] teve que parar tudo para se limpar, uma espécie de mini banho, não adianta só passar papel”, avisa a médica.
“Acredito que ela só tenha feito a tatuagem porque realmente não conversou com nenhum médico e não recebeu orientação. Se ela conversasse sobre os riscos de uma tatuagem nessa região, acho que teria pensado duas vezes”, opina a médica.
Postado originalmente por NOTICIAS DA TV