A produção de motocicletas do Polo Industrial de Manaus (PIM) caiu 38,6%, em fevereiro e no primeiro bimestre o volume é de 111,6 mil unidades, maior tombo em 21 anos, provocado pelo agravamento da pandemia.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), nos primeiros dois meses do ano, a queda é 42,7% em relação ao mesmo período de 2020.
As fabricantes enfrentaram falda de peças com a paralisação de vários fornecedores com a pandemia que assolou Manaus no começo do ano. A maior planta local, da Moto Honda da Amazônia, suspendeu a produção entre 25 de janeiro e 3 de fevereiro, dando férias coletivas.
De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números registrados neste início do ano ainda refletem o agravamento da crise sanitária na cidade de Manaus, que fez com que as fábricas readequassem seus turnos de trabalho para atender ao toque de recolher implantado pelo governo estadual.
“Essas medidas impediram que as fábricas mantivessem a curva crescente de produção registrada nos últimos meses de 2020”, afirma.
“Acreditamos que, com produção plena a partir de março, conseguiremos recuperar parte dos volumes e, com isso, ter condições de reduzir a fila de espera por motocicletas, que hoje é de cerca de 150 mil unidades”, completa.