O mês de setembro terminou com o preço da carne bovina quase 3% mais alto, impactando o orçamento dos consumidores em Manaus. Segundo um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, os cortes que mais aumentaram foram contra filé, patinho e costela.
Frequentadores das feiras de Manaus ainda tentam entender as razões do recente aumento no preço da carne. Nos últimos meses, o valor disparou, e alguns cortes chegaram a dobrar de preço.
Na Feira da Manaus Moderna, o quilo do contrafilé está custando R$ 45, o patinho, R$ 38, e a costela, R$ 20. Já a agulha, um dos cortes mais procurados, subiu para R$ 25 o quilo.
Conhecedora nos preços das carnes, a dona de casa Mary Castro afirmou que tem comprado carne bovina na Feira da Manaus Moderna, embora saiba que os valores estão bem acima do habitual.
“Antes, a gente comprava o quilo do bife era R$ 20, R$ 25. Hoje, está R$ 35 o quilo do bife. Para mim, pesou muito”, disse a dona de casa.
Segundo o professor de economia rural Guilherme Legnani, a seca dos rios foi um dos fatores que contribuíram para a alta no preço das carnes, afetando diretamente os consumidores.
“Saímos de um período muito severo de seca, o que afetou grande parte da pecuária nacional. Paralelamente a isso, nós tivemos um aumento das exportações da carne bovina. Grande parte dos países tiveram uma baixa da carne bovina e o Brasil continuou sendo um grande exportador. Isso pode continuar até o final do ano”, disse.
A carne é uma importante fonte de proteínas na alimentação, mas, para aqueles que desejam reduzir o consumo devido aos preços, existem alternativas de substituição, conforme destaca o nutricionista Reinaldo Vasquez.
“Pode comprar o fígado, que é muito em conta e também muito proteico. Frango, no geral, como peito, coxa, sobrecoxa, além de peixes da região em si, como o pacu, aruanã, a sardinha, tambaqui e até o bodó também, para quem gosta”, sugeriu o nutricionista.