Como se não bastasse o Amazonas estar prestes a viver a pior seca dos últimos tempos, em vários municípios do Estado, as queimadas estão aterrorizando a população e deixando muita gente doente, animais mortos e causando desespero. Há quem associe a situação ao Apocalipse.
Vídeos estão sendo compartilhados na internet e nós, do Portal Brasil Norte, separamos alguns para mostrar a situação, tanto na capital amazonense, que amanheceu tomada de fumaça de queimadas, quanto no interior.
O técnico administrativo, Marivaldo Oliveira, registrou a situação na orla do São Raimundo, bairro da Zona Oeste de Manaus. Um céu tomado de fumaça e dificuldade para respirar por conta da má qualidade do ar.
O drama se estende pela Zona Sul da capital amazonense, onde o céu está desta maneira, conforme o registro da consultora de vendas, Ida Márcia Guimarães. “Não tem condições de ver nada, o ar está terrível”.
Interior do Amazonas
Já a jornalista Marilene Silva, que mora em Nova Olinda do Norte, tem acompanhado a situação em alguns municípios e já registrou, inclusive, animais mortos, a exemplo dos mais de 100 botos que morreram em Tefé por causa da temperatura da água e falta de oxigênio.
“Uma triste realidade. Os animais morrendo por causa do fogo. Presenciei uma equipe do Meio Ambiente tentando salvar uma jiboia e outros animais aqui em Nova Olinda do Norte. Na estrada de Autazes presenciei o incêndio em vários pontos. Que o Senhor tenha piedade de todos nós. Parece que estamos vivendo o Apocalipse”, narrou.
Selva
De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), apesar da fumaça, a qualidade do ar aparece com níveis moderados.
A plataforma on-line https://www.appselva.com.br/ foi lançada em setembro deste ano e mede, em tempo real, a qualidade do ar no Estado e as queimadas. Os bairros mais afetados estão nas zonas Sul, Centro-Sul e Oeste.
Denúncia
Caso presencie a queima de resíduos ou de vegetação, a população pode ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros (193), informando o endereço do local; fazendo registros fotográficos e de vídeos e denunciando nos canais da Semmas (92) 98842-2161 (whatsapp) e defis.semmas@gmail.com, anexando as mídias e informando o endereço, dia e horário da ocorrência.
Matéria reeditada às 12h54
Edição: Bob Lester e Ed Blair