A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (16) quatro pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas que operava em aeroportos do Brasil. A operação resultou no cumprimento de oito ordens de prisão preventiva contra membros de uma quadrilha e funcionários do Aeroporto Internacional de Manaus, acusados de facilitar a entrada de drogas nas áreas restritas do terminal. Além disso, a Justiça Federal autorizou o bloqueio de R$ 762 mil de 10 pessoas e empresas investigadas, e a execução de cinco mandados de busca e apreensão.
As ações fazem parte de um desdobramento da Operação Rei do Skunk, realizada em dezembro de 2023, que havia denunciado várias pessoas por enviar drogas para o Distrito Federal e outras regiões. Nesta nova fase, o foco é desarticular um núcleo responsável pelo transporte aéreo de entorpecentes, supostamente ligado a um dos denunciados da operação anterior.
Segundo a Polícia Federal, funcionários do Aeroporto Internacional de Manaus teriam facilitado o ingresso das drogas nas áreas restritas do terminal, permitindo que as bagagens “contaminadas” não fossem submetidas aos processos de fiscalização. A corporação informou ainda que os aeroportos de Brasília e Florianópolis estavam entre os principais alvos do grupo criminoso. Se condenados, os envolvidos podem enfrentar penas que somam até 35 anos de prisão.
A ação desta quarta-feira foi batizada de Operação Espelhum, em referência à técnica utilizada pelos investigados, que escondiam drogas nas estruturas dos banheiros do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
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