A Polícia Federal do Amazonas, Rondônia e Pernambuco abriram nesta segunda-feira (9), uma nova etapa nas investigações contra licenciamentos ambientais ilegais, concedidos dentro de órgãos públicos dos três Estados.
A operação chamada “Expurgare” é continuação da Operação “Greenwashing” que em junho deste ano chegou a fazer diligências na casa do ex-secretário de Cidades e Territórios (Sect) João Coelho Braga, o “Braguinha”, em investigação por venda ilegal de crédito de carbono.
Operação Arquimedes
Os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes. Na etapa desta segunda-feira, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus, como parte das estratégias para desmantelar o esquema criminoso.
O que é a Operação Greenwashing
A Operação Greenwashing já havia revelado um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea (a 715 km de Manaus), envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.
Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí e Novo Aripuanã.
Organização criminosa perde R$ 1 bilhão
Segundo a PF, com as investigações foi possível desarticular financeiramente a organização criminosa, que resultou na descapitalização de quase R$ 1 bilhão.