Morre Chico Caju, saxofonista referência da música de beiradão no Amazonas

Francisco Ferreira do Nascimento, mais conhecido como Chico Caju, ícone da música de beiradão no Amazonas, morreu nesta sexta-feira (21). A causa da morte não foi divulgada.

O saxofonista nasceu no dia 3 de outubro de 1943, em uma localidade rural na beira do Lago do Ajará, no município de Manaquiri, também no Amazonas. Um de seus ofícios no interior do Amazonas foi o trabalho na extração da Juta, Malva e o roçado.

Vindo de uma família de músicos teve seu contato com a música na infância. Seu pai tocava violino e seus irmãos tocavam banjo, pandeiro, e bateria. Com eles formou uma bandinha familiar durante um tempo.

Iniciou sua trajetória musical aos 12 ou 13 anos, como contava, com instrumentos como o pandeiro, bateria e até banjo, mas logo iniciou os estudos para tocar saxofone.

A trajetória saxofonista Chico Cajú foi construída nas festas realizadas nas sedes e beiradas das comunidades ribeirinhas dos interiores. Os festejos aconteciam em diferentes municípios amazonenses como Tabatinga, Manicoré, Tefé, Alvarães e até fora do Estado, como em Porto Velho (RO).

Carreira

Sua carreira discográfica começou nos anos 80 quando, em uma de suas apresentações nos festejos de São Pedro em Manaquiri, foi apresentado para Zé Milton, um radialista que o instigou a gravar uma fita com cinco de suas músicas autorais.

A fita foi aprovada e Chico viajou a Belém, no Pará. Ele esqueceu o seu sax, mas foi Pinduca quem conseguiu um saxofone de improviso e depois de limpeza e ajustes Caju conseguiu fazer suas gravações. Esta história acompanha o processo de gravação do primeiro e melhor disco, segundo o próprio artista. O disco também foi um sucesso de vendas atingindo 200.000 cópias.

Chico Caju também foi parceiro de diversos artistas amazonenses como a banda Alaídenegão.

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