Morreu, aos 83 anos, a compositora e atriz Tina Turner. A informação foi anunciada na tarde desta quarta-feira (24) por um assessor da artista ao site Sky News. A causa não foi revelada.
De acordo com o jornal The Mirror, a artista morreu em sua casa, perto de Zurique, na Suíça, após enfrentar “uma longa doença”. O comunicado anunciando a morte diz: “Com ela, o mundo perde uma lenda da música e um modelo”. Uma cerimônia fúnebre privada será realizada para amigos próximos e familiares.
A artista nasceu em 1939, no Tennessee, nos Estados Unidos, foi criada entre os “campos de algodão” e alcançou a fama global, ganhando oito Grammys e vendendo mais de 100 milhões de discos em todo o mundo. Entre seus grandes feitos, está o bombástico retorno às paradas aos 44 anos, com o single What’s Love Got To Do With It, que chegou à Billboard Hot 100. A canção faz parte do álbum Private Dancer, que vendeu mais de 12 milhões de cópias.
Tina Turner começou a se apresentar com a banda de Ike Turner, Kings of Rhythm, ainda adolescente. Como dupla, os sucessos do casal incluíam Proud Mary e Nutbush City Limits.
Na vida pessoal, a artista era conhecida por temas difíceis, como o abandono da mãe, ainda na infância, e o abusivo casamento com Ike Turner, em 1962, que terminou em divórcio nos anos 1970 e quase acabou precocemente com a carreira dela.
Ela teve dois filhos. Ronnie, filho da cantora com o cantor Ike Turner, morreu no ano passado aos 62 anos em razão de um câncer agressivo. Em 2018, seu outro filho, Craig Turner, se suicidou aos 59 anos. Ele era fruto da relação da cantora com o saxofonista Raymond Hill.
Em 2008, em celebração aos 50 anos dos prêmios Grammy, Tina fez uma apresentação histórica na qual, além de cantar seus grandes sucessos, fez um dueto com Beyoncé. Já aos 73 anos, superou Meryl Streep e foi a mulher mais velha a estampar a capa da revista Vogue.
Em um documentário da HBO sobre a artista, lançado em 2021, ela é descrita como “uma superestrela global” e “uma mulher que superou adversidades extremas para definir sua carreira, sua identidade e seu legado”.
Tina foi questionada, em entrevista ao jornal The Guardian publicada no mês passado, como gostaria de ser lembrada. Respondeu:
— Como a “Rainha do Rock’n’Roll”. Como uma mulher que mostrou a outras mulheres que não há problema em lutar pelo sucesso em seus próprios termos.
Fonte: GZH