A comunidade do Capitari, localizada na BR-319, próximo da ponte que dá acesso ao porto da balsa no Careiro AM, expressa preocupação com o elevado número de veículos pesados, incluindo carretas, estacionadas sobre uma das pontes da rodovia. Os moradores disseram ao Portal Brasil Norte que a situação se tornou crítica, e muitos temem que a estrutura da ponte não suporte o peso excessivo, especialmente considerando que as carretas frequentemente ficam paradas aguardando a vez para atravessarem.
Os desabamentos de duas pontes sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim, ocorridos em setembro e outubro de 2022, intensificam esse medo. Esses incidentes resultaram na morte de cinco pessoas e deixaram mais de dez feridos, impactando severamente a mobilidade na região do Careiro e arredores. A primeira ponte a desabar foi a do rio Curuçá, em 28 de setembro, seguida pela ponte do rio Autaz-Mirim, que quebrou em 8 de outubro.
Com a memória recente desses eventos trágicos, os moradores se preocupam com a possibilidade de um novo desabamento na ponte do Capitari. “Sabemos o que aconteceu no passado, e a situação aqui é alarmante. Não temos certeza se a ponte suportará tantas carretas paradas”, disse um morador preocupado.
A intensa movimentação de veículos pesados na área gera ansiedade, e a comunidade pede a intervenção imediata das autoridades para prevenir uma tragédia. Os moradores solicitam que a fiscalização sobre o trânsito de carretas e a fiscalização da estrutura da ponte sejam realizadas com urgência.
Entramos em contato com a Polícia Rodoviária Federal, responsável pelo trânsito de veículos na rodovia que em reposta informou que já orientou os condutores que não se deve estacionar em cima da ponte. As equipes que estavam de serviço no dia de ontem, informaram também que a situação estava pacificada, mas como a fila é dinâmica, outros condutores podem chegar e desobedecer a ordem. A PRF também informou na nota que está com uma equipe se deslocando para o local.
Sempre que a comunidade presenciar, ela pode entrar em contato com a PRF através do 191.
Também enviamos está solicitação dos moradores para o DNIT, orgão responsável pela manutenção das pontes na BR-319 mas ainda não obtivemos resposta.