Ministra manda investigar uso do ministério na defesa de Silvio Almeida

Ministério apura uso dos canais oficiais para defender então ministro Silvio Almeida, acusado de assédio sexual

A ministra Macaé Evaristo, do Ministério dos Direitos Humanos, abriu uma investigação para apurar o uso dos canais da pasta para defender o ex-ministro Silvio Almeida, após a coluna revelar a existência de acusações de assédio sexual contra ele, entre elas de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. A apuração correrá na Corregedoria do ministério.

Evaristo instaurou uma investigação preliminar sumária (IPS), um procedimento apuratório formal que visa apurar autoria e materialidade das notas publicadas nos canais da pasta na noite de 5 de setembro de 2024.

Em uma das postagens, era informado o envio de pedidos de investigação das denúncias para a Presidência da República, para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Controladoria-Geral da União (CGU).

Outra nota dizia que a organização Me Too — que recebeu denúncias contra o ex-ministro — tinha “histórico relacional controverso perante as atribuições desta pasta” e supostamente havia tentado interferir na nova licitação do Disque 100.

A terceira era sobre a defesa de Almeida, em que dizia repudiar, “com absoluta veemência, as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”.

A ministra Esther Dweck, que respondeu interinamente pelo ministério entre a saída de Almeida e a entrada de Evaristo, determinou que o conteúdo fosse todo apagado.

*Metrópoles*

Sair da versão mobile