O apresentador, Luciano Huck, esteve no Amazonas nesta segunda e terça-feira (20 e 21/3), e escolheu a comunidade do Tumbira, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro (distante 64 quilômetros de Manaus), para conhecer o turismo de base comunitária do Amazonas. O Governo do Amazonas, por meio da Empresa Estadual Turismo (Amazonastur), ressalta o porquê deste tipo de turismo se tornar tendência no país.
Localizada a uma hora e meia com trajeto feito de barco partindo de Manaus, a Comunidade do Tumbira conta com moradores que investem em desenvolvimento sustentável, crescimento econômico, educacional, cultural e turístico.
O apresentador mostrou em suas redes sociais a chegada na comunidade, anunciando que o local será tema de um quadro no programa da TV Globo, Domingão com o Huck.
“Esse é Roberto (Brito). Um dos 26 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia. A história de vida dele é inspiração! E você vai conhecer um pouco mais sobre ele e a comunidade de Tumbira em breve, no domingão”, escreveu o apresentador em suas redes sociais.
Huck também trouxe ao Amazonas o artista plástico francês JR, responsável por intervenções artísticas com mega fotografias no Rio de Janeiro, Istambul e Quênia. O apresentador conversou com Roberto Brito, gestor da Pousada do Garrido, na RDS.
Turismo com propósito
O turismo comunitário ou de base comunitária se encaixa na tendência do segmento, conforme demonstrou a Revista Tendências do Turismo 2023, publicada pelo Ministério do Turismo, neste mês de março.
O estado do Amazonas dispõe 42 Unidades de Conservação Estaduais, sendo 16 Reservas de Desenvolvimento Sustentável, onde vivem 63.717 pessoas, conforme dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A alternativa de aliar desenvolvimento à preservação é realidade nas comunidades que vivem em áreas de RDS no Amazonas. Nesses locais, a economia se baseia principalmente no turismo comunitário.
A Amazonastur também trabalha com o ordenamento em municípios que possuem pousadas em Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Área de Proteção Ambiental (APA) para que estejam regularizadas junto aos critérios do Ministério do Turismo (Mtur).
Ao total, 27 pousadas que trabalham com turismo de base comunitária estão em funcionamento, sendo 12 delas na RDS Uatumã, duas na RDS Mamirauá, sete na RDS do Rio Negro, cinco na RDS Puranga da Coquista, e uma na APA da Margem Esquerda o Rio Negro, setor Aturiá Apuazinho.
Conforme o turismólogo da Amazonastur, Hylker Medeiros, o Turismo de Base Comunitária é um modelo de desenvolvimento turístico, orientado pelos princípios da economia solidária, associativismo, valorização da cultura local, e, principalmente, protagonizado pelas comunidades locais.
“De acordo com o Ministério do Turismo, o fortalecimento e a inclusão da comunidade nos benefícios com a atividade, além de contribuir para a valorização da cultura local estão entre os principais objetivos do turismo comunitário”, pontuou o turismólogo.
Destinos que movimentam comunidades e proporcionam vivências e experiências entre o visitante a toda a comunidade, também podem ser visitadas em Silves (a 204 quilômetros de Manaus) e em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), na pousada Uakari.
Em Silves, a Pousada Aldeia dos Lagos é o primeiro empreendimento comunitário de ecoturismo localizado na Amazônia e toda sua renda beneficia a conservação dos sistemas de lagos da região e qualidade de vida dos moradores do município.
A Pousada Uacari também promove a base comunitária, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, unidade de conservação estadual, Uakari ganhou destaque no turismo nacional e internacional, contribuindo para o segmento e promovendo a sustentabilidade na região.
Fotos: Alex Pazuello/Secom, Gui Gomes/Divulgação e Reprodução