Israel tenta retomar controle total do território após ataque surpresa do Hamas

FONTE: BBC NEWS BRASIL – Mais de 600 israelenses foram mortos após o ataque surpresa realizado pelo grupo palestino Hamas no sul do país.

Segundo o governo, mais de 100 indivíduos foram sequestrados e são mantidos reféns. O número de feridos passa de 2 mil.

Após o ataque surpresa, Israel fez operações militares e lançou mísseis na Faixa de Gaza, que é governada pelo Hamas. Até o momento, foram registradas 370 mortes e 2,2 mil feridos na região, de acordo com as autoridades palestinas.

Neste domingo (8/10), as forças israelenses realizam uma série de operações para tentar retomar o controle de territórios no sul do país.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) calculam que mais de 400 militantes palestinos foram mortos no sul do país ou na Faixa de Gaza.

De acordo com as informações divulgadas pelos militares, há pelo menos oito pontos de combate neste domingo (8/10).

Um porta-voz do governo de Israel declarou que “o país está em guerra e se esforça para reassumir o controle total do território e das comunidades invadidas pelo Hamas”.

Nas últimas horas, o grupo militante libanês Hezbollah também se envolveu nos combates, dizendo estar por trás dos ataques na região do Monte Dov, uma extensão de terra reivindicada por Israel, Líbano e Síria. Israel respondeu fazendo disparos contra o Líbano.

No Egito, dois turistas israelenses e um guia turístico egípcio foram mortos a tiros em Alexandria, aparentemente por um policial.

Veja a seguir o que se sabe sobre o conflito e as reações de líderes internacionais sobre o confronto que está em andamento.

O início do conflito

Nas primeiras horas do sábado, final do feriado judaico de Sucot, dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza.

Também foram registrados disparos de milhares de foguetes vindos de Gaza, que é governada pelo Hamas.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram supostos militantes palestinos atirando em transeuntes nas ruas da cidade israelense de Sderot.

Logo após os primeiros ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou um vídeo nas redes sociais dizendo que o país estava “em guerra”.

“Convoquei os chefes do sistema de segurança, e antes de mais nada os instruí a limpar os assentamentos dos terroristas que se infiltraram — esta operação está acontecendo agora”, declarou ele.

O exército israelense afirma que um comandante foi morto.”O Comandante da Brigada Nahal, Coronel Jonathan Steinberg, foi morto hoje durante um confronto com um terrorista adjacente a Kerem Shalom”, afirmou o comunicado do exército.

Kerem Shalom é o único ponto de passagem comercial entre Gaza e Israel, com um posto de controle totalmente controlado pelo exército israelense.

O ministro da Defesa de Israel disse que o Hamas “cometeu um grave erro e lançou uma guerra” contra o próprio país.

“As tropas [israelenses] estão lutando contra o inimigo em todos os locais”, acrescentou Yoav Gallant. “O Estado de Israel vencerá esta guerra.”

Pouco depois, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o seu povo tem o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupação”.

Reféns e contra-ataque
O vice-chefe do gabinete político do Hamas, Saleh al-Arouri, afirmou que “oficiais de alta patente” do Exército de Israel foram capturados

Ele disse ao canal Al Jazeera que “o que está em nossas mãos libertará todos os prisioneiros” em Israel — uma aparente referência aos palestinos detidos em prisões israelenses.

“Há muitos palestinos mortos e muitos israelenses mortos, bem como prisioneiros, e a batalha ainda está no auge”, disse al-Arouri.

O porta-voz também declarou que o Hamas está pronto para enfrentar uma incursão terrestre israelense em Gaza, que ele descreveu como “o melhor cenário para resolvermos o conflito contra o inimigo”.

A informação foi depois confirmada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). O órgão não falou em números exatos, mas confirmou que soldados e civis estão entre os reféns.

Os militares israelenses também realizaram um contra-ataque na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. Foram lançados mísseis e bombas, que deixaram mais de 300 mortos até o momento.

 

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