Incerteza sobre diplomação de Adail Pinheiro como prefeito de Coari após condenação

A eleição para a Prefeitura de Coari, no Amazonas, segue marcada por incertezas jurídicas. Adail Pinheiro (Republicanos), eleito no último pleito com 51,12% dos votos, enfrenta a possibilidade de não ser diplomado devido à sua inelegibilidade, resultado de uma condenação por exploração sexual de menores e improbidade administrativa.

O Ministério Público Estadual (MPE) argumenta que a condenação de Adail, que resultou na suspensão de seus direitos políticos por oito anos, o torna inelegível para a eleição de 2024. O MPE pede a anulação da candidatura e a convocação de novas eleições. No entanto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) deferiu o registro de sua candidatura, após o juiz Cássio Borges entender que Adail recuperou seus direitos políticos em agosto de 2023, permitindo sua participação no pleito.

A polêmica aumentou após a juíza federal Maria Elisa Andrade, no julgamento de 21 de outubro, pedir a cassação de sua candidatura, alegando a falta de certidões obrigatórias para o registro e reforçando a inelegibilidade de Adail. Ela sugeriu a realização de novas eleições em Coari dentro de 20 a 40 dias.

O juiz Cássio Borges, no entanto, suspendeu a decisão e intimou Adail a apresentar documentos adicionais, o que ele já alegou ter feito. A decisão final sobre a diplomação de Adail dependerá do julgamento do pedido de vista feito por Maria Elisa Andrade.

Com a disputa acirrada e uma diferença de apenas 1.300 votos entre Adail Pinheiro e o segundo colocado, Harben Avelar (47,78%), Coari aguarda uma definição que pode alterar os rumos da política local.

A decisão final do TRE-AM sobre a validade da eleição e a diplomação de Adail Pinheiro ainda está pendente e deve ser tomada em breve. A população de Coari continua atenta à resolução desse imbróglio jurídico.

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