Guilherme Boulos (PSOL) reconhece derrota em São Paulo e ressalta à esquerda “recuperar sua dignidade”

A campanha de 2024 representou uma vitória simbólica, permitindo à esquerda "recuperar sua dignidade" eleitoral

Na noite deste domingo (27), após a apuração final dos votos da eleição para a prefeitura de São Paulo, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, reconheceu a derrota na disputa e destacou a importância do processo para a esquerda brasileira. Derrotado pela segunda vez consecutiva na corrida pela prefeitura, Boulos afirmou que, apesar do resultado, a campanha de 2024 representou uma vitória simbólica, permitindo à esquerda “recuperar sua dignidade” eleitoral.

“Não ganhamos essa eleição. Faz parte. Eleição se perde e se ganha, o que não se perde é nossa dignidade. Embora tenhamos perdido nas urnas, conquistamos uma vitória importante ao recuperar a dignidade da esquerda, de olho no olho, dialogando diretamente com o povo. Isso importa para o futuro e para as batalhas que virão”, afirmou Boulos.

O discurso ocorreu na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, onde ele foi recebido por apoiadores, acompanhado da vice da chapa, Marta Suplicy (PT), por volta das 19h30. Boulos também ressaltou que o cenário adverso para os partidos de oposição se refletiu em várias capitais e reforçou a necessidade de mobilização para os “desafios futuros”, fazendo alusão à eleição presidencial de 2026.

“A nossa luta não começou hoje e não termina aqui. Confio que, mesmo diante de um resultado adverso, tanto em São Paulo quanto em outras cidades, o futuro será nosso, inspirado pelos exemplos que demos nesta campanha”, afirmou.

O candidato do PSOL ainda agradeceu os apoios recebidos ao longo da campanha, incluindo o apoio dos ex-candidatos do primeiro turno, José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB), e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Ele também mencionou supostos crimes eleitorais que teriam ocorrido ao longo da disputa.

“Não vou entrar em detalhes sobre as mentiras e ataques que marcaram esta eleição, nem sobre o crime eleitoral que, segundo ele, foi cometido pelo governador de São Paulo. Isso é algo para a Justiça resolver. Mas, nesta campanha, mostramos que é possível fazer política de outra forma, olho no olho, dialogando nas praças e ruas com dignidade, e isso é o que nos guia para o futuro,” concluiu.

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