Servidores grevistas cercaram, nesta terça-feira (10/9), o prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Brasília (DF). Gritando palavras de ordem e fazendo churrasquinho, os servidores chegaram a ponto de bloquear o acesso ao edifício e a Polícia Militar (PM) foi acionada para garantir o direito de ir e vir.
O ato ocorre quase uma semana depois de os servidores terem ocupado o gabinete do presidente Alessandro Stefanutto, que passou uma noite dormindo em seu gabinete.
O ato em frente à sede do INSS é organizado pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que não assinou o acordo que prevê reajuste nos próximos dois anos (veja detalhes sobre isso abaixo).
Na noite de segunda-feira (9/9), esse mesmo grupo de servidores realizou um ato em frente à sede do INSS. Esse grupo diz que movimento grevista só irá ser encerrado após uma negociação sobre dois pontos:
- a exigência de nível superior para ingresso na carreira; e
- a transformação da carreira em típica de Estado.
O governo se comprometeu a instalar um grupo de trabalho para discutir as pautas. O acordo com servidores do seguro social foi assinado no fim de agosto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS). Contudo, parte da categoria não reconhece a legitimidade do termo assinado.
Além do reajuste previsto para 2025 e 2026, o acordo garante que a carreira do INSS será reconhecida como parte do núcleo estratégico do Estado brasileiro, com atribuições exclusivas, o que tem por objetivo evitar terceirização ou delegação de atividades.