Agência Brasil – A Fiocruz Amazônia recomendou o uso de máscaras por causa da poluição atmosférica na cidade de Manaus, que entrou em situação de “mobilização” devido à fumaça que cobre a cidade nos últimos dias. De acordo com o epidemiologista Jesem Orellana, existem proteções faciais recomendadas para esse tipo de situação.
Em alguns bairros, a qualidade do ar é considerada “péssima”. E a quantidade de poluentes nesta quinta-feira (12) ficou cinco vezes maior do que já é considerado “muito ruim” pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Os dados são do monitoramento feito pela Universidade do Estado do Amazonas. De acordo com a prefeitura de Manaus, a fumaça tem origem nos municípios da Região Metropolitana.
No interior do Amazonas, a situação da seca continua preocupante, especialmente no sul do estado. Sessenta cidades estão em alerta ou emergência por causa da estiagem. Apenas duas, em situação de normalidade. Quase 400 mil famílias foram afetadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, as quatro cidades brasileiras com maior quantidade de focos de incêndio no último mês ficam todas na região amazonense entre Manaus e Rondônia.
Na altura do médio Solimões, o ICMBio já removeu quase todas as 144 carcaças de botos que morreram recentemente no lago Tefé. A estiagem deve atingir o pico nos próximos dias e a quantidade de animais mortos está completamente fora do padrão, como explica Claudia Sacramento, chefe da divisão de emergências.
Uma plataforma de inteligência artificial, que tem assertividade de 70%, apontou nesta semana que uma área três vezes maior que a cidade de São Paulo está sob médio ou alto risco de desmatamento na Amazônia no ano que vem. Segundo o Imazon, isso equivale à perda de mais mil campos de futebol por dia.