O Amazonas conseguiu reduzir consideravelmente os índices de mortes e internação por covid-19 nas últimas semanas, mas especialistas ligaram o alerta para o risco de uma terceira onda com o surgimento de novas variantes que já estão circulando no país.
Eles explicam que a baixa de novos casos no estado se dá devido a imunidade temporária que os infectados que venceram a doença adquiriram, mas destacam que não se sabe por quanto tempo ela pode durar e nem se é capaz de resistir a uma nova variante mais transmissível e letal como é a P1:
“Teoricamente há a chance de uma terceira onda, caso surja uma nova variante nas quais não haja uma cobertura efetiva pela vacina. Isso traria a possibilidade, sim, de ter uma nova alta epidêmica. Mas a nossa esperança é a vacinação, mas infelizmente ela não está na velocidade adequada”, disse Bernardino Cláudio de Albuquerque, infectologista e professor da Ufam, em entrevista ao Uol.
Na última quarta-feira (31), durante uma live de flexibilização da abertura de alguns segmentos do comércio, o próprio Governo alertou sobre o risco da terceira onda e disse em alto e bom som que ele “real”.
Há cerca de dois dias, uma nova variante foi descoberta em São Paulo, e assim como a P1, descoberta em Manaus, ainda não é possível mensurar em quais cidades ela já pode estar circulando. Ainda não se sabe ao certo qual o potencial dela, mas infectologistas e outros especialistas explicam que o Brasil, no momento, é um celeiro de novas cepas do coronavírus e que uma vez instaladas é questão de tempo para que elas se espalhem pelo território nacional e para outros países como aconteceu com a mutação amazônica.
Daí a importância de continuar mantendo as medidas preventivas e de não se aglomerar enquanto a população não for completamente vacinada.