O ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, fez nesta quarta-feira um balanço e também um desabafo ao deixar o cargo. Na despedida, o general revelou pressão política por verba e até um plano para tirá-lo do comando. O blog de Christina Lemos teve acesso a registros do encontro.
A imprensa não teve acesso à transmissão de cargo, presenciada por menos de 10 assessores. Ao lado do novo ministro, o cardiologista Marcelo Queiroga, Pazuello revela o momento em que foi nomeado para o posto, ainda na primeira etapa da pandemia, em maio do ano passado e que não queria o cargo.
“É claro que não queria vir”, disse o general. “Viemos com dois aviões quebrados, chegamos aqui de madrugada e não tinha nada, nem ninguém pra nos dizer nada. Você andava nos corredores e não tinha ninguém e assim nós chegamos aqui”.
De acordo com o general, ele teve que se informar sozinho sobre o funcionamento da pasta, porque encontrou “salas vazias e pessoas que nunca nos passaram nada”. “Os chefes abandonaram o barco e tivemos que ir descobrindo como a coisa andava”.