Dificuldades no resgate podem fazer com que os corpos dos tripulantes do submarino Titan fiquem no fundo do mar para sempre

Almirante da Guarda Costeira dos EUA afirmou que ainda não se sabe se haverá uma operação para resgatar os corpos dos cinco tripulantes da expedição turística para visitar os destroços do Titanic.

Os cinco corpos dos tripulantes do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição turística em direção ao Titanic, podem ficar no fundo do mar para sempre, afirmou o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, que liderou as buscas.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (22), mesmo dia em que foram encontrados destroços do módulo, o almirante John Mauger foi questionado se a operação para encontrar as cinco vítimas continuaria. Ele afirmou, então, que não tinha uma resposta e citou o ambiente “inclemente” no leito do mar.

A Guarda Costeira americana informou que os robôs usados na ação devem continuar os trabalhos para coletar novas evidências e tentar determinar o que aconteceu. Mas, dada a natureza do acidente e as condições no fundo do oceano, ainda não se sabe se os corpos vão ser resgatados.

Os destroços do Titan estão a cerca de 500 metros do Titanic e 4 mil metros abaixo da superfície. Nessa profundidade, a pressão da coluna d’água é muito forte e arriscada para mergulhadores.

Além disso, há pouca visibilidade, porque a luz do sol não chega até o fundo, e os sedimentos reduzem a eficácia das luzes artificiais. Localizar os corpos nessas condições, portanto, é extremamente complexo. E as correntes marítimas dificultam o processo, porque podem arrastar os tripulantes a lugares distantes do ponto onde ocorreu a implosão do submarino.

Veja, abaixo, um resumo do caso:

Qual o objetivo da expedição?

Visitar os destroços do Titanic, que afundou em 1912, no Oceano Atlântico.

Onde estão os destroços do Titanic?

A cerca 3,8 mil metros de profundidade, a 650 km da costa do Canadá.

Quem estava a bordo?

Um piloto e quatro passageiros:

o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush, piloto do submarino;
o empresário paquistanês Shahzada Dawood;
Suleman Dawood, que é filho de Shahzada;
o bilionário e explorador britânico Hamish Harding;
e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.

Quem organizou o passeio e quanto custou?

A expedição é organizada pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, que cobrou US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro.

Quando o submarino desapareceu? A expedição começou na sexta-feira (16), partido de Newsfoundland, no Canadá. A descida propriamente dita teve início no domingo (18). A expectativa inicial era que demorasse cerca de duas horas para chegar aos destroços do Titanic, mas o módulo perdeu comunicação após 1 hora e 45 minutos de viagem.

 Como era submarino? Chamado Titan, ele:

tinha 6,5 metros de comprimento por 3 metros de largura;
pesava mais de 10 toneladas e era feito de fibra de carbono e titânio;
era guiado por um joystick que se parece muito com um controle de videogame;
movia-s a uma velocidade de 3 nós (5,5 km/h) e é impulsionado por quatro propulsores;
podia levar até cinco pessoas;
e não era autônomo, como um submarino de grande porte, razão pela qual precisou ser carregado na superfície do mar por 643 km até a região da descida.

FONTE:G1

Sair da versão mobile