Nem tudo foi derrota na campanha de Eduardo Gomes à Presidência da República em 1945. Então mais conhecido por sua patente de brigadeiro da Força Aérea, ele disputou o comando do país com Eurico Dutra. Perdeu de lavada, mas deixou um legado imensurável: um docinho cremoso feito à base de chocolate, que acabou batizado justamente de “brigadeiro” como forma de homenagem. Na época, mulheres vendiam esse doce em comícios do candidato Eduardo Gomes, durante a primeira eleição nacional em que elas puderam votar. Tanta representatividade não poderia ser excluída do calendário de efemérides: 10 de setembro virou o Dia do Brigadeiro – data para celebrar um dos doces mais populares do Brasil.
Corta para 2021. A receita original, que levava chocolate, manteiga, açúcar, leite e – acredite se quiser – ovos, foi modernizada com a popularização do leite condensado nos anos 50 e virou a base para criações, invenções de moda e misturas questionáveis bem ao estilo brasileiro – e sem deixar de ser unanimidade entre os paladares.
Entre tantas datas comemorativas, o Dia do Brigadeiro, marcado em de 10 de setembro marca a celebração de um dos doces mais populares do Brasil – e uma criação original nossa: o brigadeiro. A combinação de leite condensado, chocolate em pó e manteiga é onipresente em todas as festas de família, aniversário e até casamentos. O que a gente precisa é só de uma desculpa para se jogar nesses docinhos em formato de bolotas recobertas com granulados.