A Polícia Federal resgatou, na tarde de sábado (17/8), cinco imigrantes africanos a bordo de um navio cargueiro que ficou ancorado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Todos eles estavam em situação de clandestinidade.
Durante a ação, a polícia constatou que os imigrantes estavam em condições precárias de saúde e foram resgatados por motivos humanitários. Por isso, receberam autorização para o desembarque condicional.
A embarcação foi inspecionada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após suspeitas de infecção por malária em um dos tripulantes e em um dos imigrantes resgatados.
Viagem arriscada
Os imigrantes viajaram por três dias em um caminhão de carga clandestino antes de embarcar no navio com destino ao Brasil.
No grupo de cinco pessoas, dois deles são menores de idade, um com 16 anos e outro com 17. O mais novo disse que deixou país de origem após a morte dos pais em uma explosão que matou 400 pessoas na cidade onde viviam. Ele deixou um irmão de 11 anos cuidando de outros quatro irmãos menores.
Um dos imigrantes afirma ter interesse em solicitar refúgio no Brasil.
Todos foram ouvidos pela Polícia Federal e a seguradora do navio assumiu a responsabilidade pelos cuidados aos imigrantes. Eles foram encaminhados para um hotel onde aguardam a continuidade dos procedimentos legais.
A operação foi realizada pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) do Rio de Janeiro, com o apoio do Núcleo de Fiscalização de Tráfego Internacional (NFTI) da Delegacia de Migração (Delemig).
*Metrópoles*