A carta escrita por Monique Medeiros revelou detalhes da morte Henry, mas também escancarou o relacionamento turbulento que ela e Jairinho mantinham.
Em vários trechos do manuscrito, a mulher relata que o vereador tinha comportamento possessivo e violento e chegou a instalar um rastreador no carro dela.
A pedagoga afirma que o namorado tinha ciúmes de qualquer homem com quem ela mantivesse contato, mas em especial, o ex-marido, Leniel Borel, pai de Henry.
Nos papéis escritos na prisão, Monique lembra uma série de episódios e surtos de ciúmes de Jairinho e afirma que ele chegou a colocar uma pessoa para segui-la e fotografá-la e que controlava até as roupas que ela usava para malhar.
A mãe de Henry conta que ele a obrigava a tomar remédios para dormir e que chegou a arrombar a porta do quarto de hóspedes, onde ela estava após uma briga, para convencê-la a tomar medicamentos e dormir com ele.
Ela também fala sobre a relação do político com Henry e diz que no início os dois eram amigos e mantinham muita proximidade, porém, em pouco tempo isso mudou e o menino passou a ter uma certa resistência ao padrasto.
Monique se diz arrependida e afirma que não há um dia que não chore pelo o que aconteceu com o filho e que hoje reconhece que “fez uma escolha errada”.