A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) está avançando em boas práticas de reuso. O objetivo é reforçar o compromisso da concessionária do serviço de distribuição e comercialização de gás natural com a responsabilidade socioambiental.
Recentemente, a Cigás passou a reutilizar sobras de tubos de polietileno empregados na infraestrutura de gasodutos de baixa pressão que atendem os consumidores de gás natural dos segmentos comercial e residencial, usuários que demandam menor volume de combustível. Ressalte-se que, no caso dos usuários de maior consumo, a rede de tubulação é construída com aço.
Este material está, agora, sendo usado também na fabricação dos suportes das placas de sinalização vertical utilizadas ao longo da rede de distribuição de gás natural (RDGN). Na estrutura, o polietileno integra a base de apoio das placas e para garantir rigidez visando a melhor fixação, os tubos são preenchidos com concreto em seu interior. Antes, eram usados tubos de aço para fabricação dos suportes.
As primeiras sinalizações feitas com este material já foram instaladas ao longo da rede de distribuição. De acordo com o gerente de Operações da Cigás, Ricardo Ciraulo, havia uma preocupação com a destinação do material em polietileno que sobrava das obras de construção dos gasodutos, assim como, a necessidade de se coibir a subtração de placas fabricadas em aço instaladas ao longo da RDGN. “Percebeu-se, então, que essa era uma alternativa sustentável e após a realização de testes, tanto na oficina de produção quanto em campo, chegou-se ao que se considerou adequado”, disse.
Outro aspecto a ser considerado a partir do uso do polietileno em placas de sinalização é o econômico. Segundo o gestor, espera-se alcançar redução de custos com a fabricação de placas a partir dessa nova aplicação adotada pela Companhia. Ele ressalta ainda que a ideia foi resultante da iniciativa de colaboradores da Cigás. “O que torna essa boa prática ainda mais importante para nós”, ressalta.
Gás natural e o meio ambiente
Essa boa prática se soma ao fato de que o gás natural possui baixa emissão de poluentes. Sua combustão não produz partículas e por essa razão, contribui para a melhoria da qualidade do ar.
Inclusive, esse impacto positivo já teve comprovação. Pesquisa produzida, há alguns anos, pela Green Ocean Amazon indicou redução de 73% na poluição provocada pela queima de combustíveis líquidos e de 55% na emissão de gases de efeito estufa (metano e dióxido de carbono) em consequência do consumo de gás natural na capital amazonense. “O gás natural é considerado um ´combustível limpo´ com grande importância no processo de transição energética”, afirma o diretor técnico-comercial da Cigás, Clovis Correa Junior.
Também deve-se destacar que, pelo fato da distribuição de GN ser por meio de rede de dutos subterrânea, promove a redução no tráfego de caminhões com combustíveis líquidos, favorecendo a mobilidade urbana da cidade.
Além disso, a Cigás possui uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), em sua sede, implantada para o processamento de resíduos. Também atua de forma a minimizar a geração de resíduos nas operações, promovendo a coleta seletiva, a segregação de itens e a correta destinação.