O aplicativo Telestomatologia já auxiliou na identificação de 37 casos suspeitos de câncer bucal no Amazonas, de dezembro de 2023 até junho deste ano. A tecnologia faz parte do projeto de Telessaúde, do governo federal. A Secretaria de Estado de Saúde começou a utilizá-la no final do ano passado.
Desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com o Ministério da Saúde, o app já está sendo usado em seis municípios do Amazonas: Manaus, Manicoré, Coari, Lábrea, Fonte Boa e Urucará.
Segundo a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a tecnologia foi adotada pela SES-AM, dentro do Programa Saúde Amazonas, pois trata-se de uma inovação que ajuda a ampliar o acesso da população aos serviços. “O aplicativo permite que os municípios se se comuniquem com consultores especialistas, enviando os casos que acompanham, acelerando o diagnóstico e permitindo o tratamento de lesões malignas em estágios iniciais. Com isso, evitamos que a doença avance para estágios mais graves”, destaca.
Ao aderir ao aplicativo, o Governo do Amazonas promoveu o treinamento no uso da tecnologia para 38 coordenadores municipais de saúde bucal. “Foi realizado um workshop de capacitação com as equipes, durante o qual foi reforçada a importância do monitoramento e avaliação das ações em saúde nas cidades. Incentivamos, também, o credenciamento de novas equipes, para aumentar a cobertura em saúde bucal no Estado”, relata a coordenadora de Saúde Bucal da SES-AM, Cleyne Picanço.
De acordo com ela, os resultados iniciais, desde o lançamento do aplicativo, que visa facilitar a detecção precoce do câncer bucal, são promissores. “Os 37 casos suspeitos foram identificados no interior e examinados com o suporte de especialistas, utilizando o aplicativo. O objetivo é que os cirurgiões-dentistas possam descrever as características observadas para que um teleconsultor possa dar o diagnóstico à distância”, comentou.
Cleyne Picanço explicou que o aplicativo funciona da seguinte forma: o profissional pode enviar o caso que atende via app, com os dados clínicos e fotografias de lesões bucais do paciente. No prazo de até 72 horas, os especialistas enviam um relatório com as hipóteses de diagnóstico e melhor conduta para cada caso relatado.
“Com a nova ferramenta, mais de 249 profissionais de saúde do Amazonas se cadastraram e começaram a utilizar a plataforma como forma de identificar casos suspeitos e melhora sobremaneira o prognóstico para os pacientes”, disse Picanço.