Alzheimer é uma doença que atinge um milhão de brasileiros. Normalmente, se manifesta com pequenos esquecimentos, depois surge a dificuldade em articular palavras, problemas na execução de atividades do dia a dia e evolui para alterações de comportamento.
No dia 21 de setembro, a Organização Alzheimer’s Disease International (ADI) realiza o Dia Mundial do Alzheimer a fim de aumentar a conscientização do público para a doença e desafiar o estigma que cerca a demência.
Segundo o neurologista Henrique Miranda, a degeneração do cérebro começa, em média, aos 50 anos. Casos de Alzheimer precoce, antes dos 60 anos, tem maior ligação genética. Quando acontece mais tarde, acima dos 80 anos, tem como causa principal a própria idade. Por isso, cuidar do cérebro e do corpo ajuda a postergar as doenças degenerativas. “Não há uma definição quanto às causas do Alzheimer. A doença afeta o funcionamento do cérebro de modo lento e progressivo, caracterizada pelo comprometimento de duas ou mais funções como: memoria, linguagem, atenção, raciocínio lógico, julgamento, planejamento, graves o suficiente para interferir nas atividades da vida diária da pessoa”, comenta o médico.
Para evitar que o cérebro se ‘aposente’, é interessante adotar algumas estratégias como praticar atividade física; estimular a leitura; jogos como sudoku, palavras cruzadas. É muito importante exercitar o cérebro e socializar. O diagnóstico precoce é o melhor aliado para prolongar a qualidade de vida do paciente.
Como lidar com quem tem Alzheimer?
A família precisa ter informação, ler muito a respeito, pois os cuidados são intensos. O tratamento precisa ser individualizado e a família precisa ser paciente, entender que o comportamento da pessoa com Alzheimer independe da vontade dela. Quem cuida precisa estar bem, pois o desgaste é grande. “Os idosos são suscetíveis a distúrbios no humor, por isso podem ficar alterados e acabam irritando os familiares. É importante frisar que aquela pessoa não tem culpa de não se lembrar de nada ou de ter aquele comportamento, mas que ela já foi alguém muito produtiva e importante na sua vida”, afirma o Dr. Henrique Miranda.
Fatores de risco
– A idade é o mais reconhecido fator de risco;
– Estudos variados indicam que 1% a 5% dos casos estão diretamente relacionados a mutações genéticas que podem ser transmitidas de geração em geração, porém a grande maioria dos casos é esporádica.
– Alzheimer afeta mais a mulher do que o homem;
– Estilo de vida: hábitos como beber em excesso, fumar, dieta rica em gordura, estresse, sedentarismo podem ser ruins para a saúde em geral, especialmente a do cérebro.
A demência da doença de Alzheimer clássica pode se apresentar em três fases, mas existem outras variantes ditas atípicas que podem não comprometer a memória logo no início do quadro.