Acidente vascular cerebral mata 100 mil pessoas por ano

O chamado Acidente Vascular Cerebral pode afetar qualquer pessoa e em qualquer idade, sendo a principal causa de incapacidade no mundo. Somente no Brasil, são mais de cem mil mortes por ano. No dia 29 de outubro, quando acontece o Dia Mundial do AVC, os médicos alertam sobre a doença. 

O Pará é campeão de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC), com mais de 60% dos casos registrados na região Norte. De acordo com o Ministério da Saúde, até junho de 2019, o Estado registrou o maior número de internações por complicações do AVC da região Norte, somando quase dois mil casos.

De acordo com o neurologista Antônio de Matos, há dois tipos de AVC: 85% são isquêmicos, quando há a obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro, provocada pelo acúmulo de placas de colesterol, o que reduz ou impede a circulação em determinada região cerebral; o outro tipo é o AVC hemorrágico.

“No AVC hemorrágico acontece a ruptura de um vaso sanguíneo, com sangramento dentro do cérebro”, comenta o neurologista.

Apesar do ser a também a principal causa de mortes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, os médicos têm uma boa notícia sobre o AVC: em 90% dos casos, os derrames podem ser evitados com prevenção.

“Abolir o fumo, cuidar da hipertensão, controlar o máximo possível o colesterol, ter uma alimentação mais saudável. A grande maioria das pessoas imagina que o AVC seja como um raio, que cai de repente. Na verdade, não é”, explica Antônio.

 Perceber os sintomas é fundamental para socorrer o paciente em caso de derrame: boca torta, dificuldade na fala, dormência em pernas e braços, perda da visão e desmaio. “Uma vez que ocorre o acidente vascular cerebral, no máximo em três horas o paciente tem que estar em tratamento, porque o cérebro morre rapidamente”, completa o médico.

O AVC acontece com mais frequência em pessoas acima dos 60 anos, mas qualquer um pode sofrer do mal, inclusive crianças.

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