Internacionalmente conhecido, o senegalês-americano Akon emplacou hits como “Mr. Lonely” e “Smack That” pelo mundo, obtendo sucesso comercial como cantor e em outras áreas de investimento, como mineração e energia sustentável, como informou a revista Exame. No entanto, o atual projeto do músico vai muito além do que a atuação em áreas específicas.
Em julho de 2020, ele anunciou um plano para auxiliar o Senegal avaliado em US$ 6 bilhões (cerca de R$ 33 bilhões) em parceria com a empresa de engenharia KE International, com sede nos Estados Unidos. A ideia não é criar um fundo de investimento ou recorrer a programas sociais, mas modernizar uma região com uma cidade criada do zero.
Apelidada de “wakanda da vida real”, o projeto Akon City visa uma cidade inteira pronta até o fim desta década, com habitantes e serviços essenciais em pleno funcionamento, além de visar a regularização ambiental em meio ao crescimento e deslocamento acelerado — além de contar com o músico como principal responsável, como explicou a Casa Vogue.
Como será
Prevista para ocupar uma área de 800 mil hectares, a previsão de conclusão se dá em 2030, sem ainda ter o local exato revelado — mas com uma dica muito importante; o cantor especificou com a cidade ficará a menos de uma hora ao sul do Aeroporto Internacional de Dakar. Apesar dessa medida, os habitantes não precisarão frequentar o aeroporto na capital.
Isso se deve ao fato de que Akon City promete construir seu próprio aeroporto, além de rechear a cidade de estabelecimentos de alto padrão como shoppings center, faculdades e hospitais equipados, com todos recebendo uma atenção especial da arquitetura padronizada aos moldes modernistas.
A BBC Internacional aponta que a parceria de Akon também abrange o governo senegalês e especula que o local será no município de Diamniadio, que já é projetado para reaquecer a economia do país. Um de seus favorecimentos será a projeção sustentável; o local deve contar com uma estação de descarte de resíduos e uma usina elétrica de energia solar.
Interferência do estado
O projeto terá duas fases de aplicação, sendo a primeira, responsável por edificar as moradias e serviços públicos essenciais, além de atrair investidores para a realização de um complexo industrial e turismo. No entanto, a segunda fase deve implantar a Akoin, sendo a primeira cidade do mundo onde todos os serviços são feitos por criptomoedas.
A regulamentação monetária a Akoin deixa de lado custos como produção de cédulas e moedas, além de contar com o controle de circulação, facilitando declarações de impostos e favorecendo a melhor distribuição de renda. No uso cotidiano, a população só realizará compras em estabelecimentos com o auxílio de um smartphone, como registrou o Correio Braziliense.
O governo do Senegal não manifestou algum tipo de interesse em interferir nas operações da Akoin, cooperando com o rapper e cedendo 2 mil acres para a execução do plano, visto que, se instalado com sucesso, o município pode se tornar uma referência mundial de desenvolvimento, estimulando a iniciativa — além de prover energia elétrica ao país.