Vigilância em Saúde do Amazonas destaca avanços em pesquisas sobre Medicina Tropical no Medtrop 2024
Pesquisadores da FVS-RCP apresentam 35 estudos científicos sobre doenças e vigilância em saúde
Pesquisadores da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas- Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), com 35 trabalhos aprovados, participam do 59º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o Medtrop 2024, desde ontem (22/9) até quarta-feira (25/9), no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, enfatiza que a participação em eventos científicos e a constante atualização dos técnicos da instituição são prioridades. “Vivemos a realidade amazônica que possui características únicas e nos desafia continuamente. Este evento, ao discutir novas soluções e permitir o compartilhamento de experiências, torna-se um momento singular”, ressalta a diretora.
Com foco em medicina tropical, a gerente de malária e outros hemoparasitas no Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Myrna Barata, destaca que o evento proporciona, em um único ambiente, que sejam abordadas atualizações sobre infecções causadas por vírus, bactérias, fungos e parasitas, além de temas como saúde do viajante em áreas endêmicas e acidentes por animais peçonhentos.
“É por meio desses processos contínuos de aprendizado e troca de experiências que conseguimos avançar na melhoria dos serviços oferecidos à população-alvo, voltando sempre o olhar da vigilância para a saúde única que reconhece a saúde dos seres humanos, dos animais e do meio ambiente mais amplo”, avalia Myrna.
Trabalhos aprovados
Ao todo, foram aprovados 35 resumos científicos, destacando as expertises nas seguintes áreas: Vigilância Ambiental e Controle de Doenças, Laboratório Central de Saúde Pública, Vigilância Epidemiológica e Planejamento, Emergências em Saúde Pública e Ações Estratégicas.
Os trabalhos científicos contemplam características, investigação e cenário de casos de Febre do Mayaro, Febre do Oropouche, hanseníase, doenças imunopreveníveis, leishmaniose, acidentes por animais peçonhentos, arboviroses, malária, coinfecção de tuberculose e HIV, tuberculose, casos de coinfecção, resistência de bacilos em amostras biológicas, perfil de resistência em bactérias, filariose, vírus respiratórios e distribuição de doenças tropicais na região do Alto Solimões.
O evento nacional é um espaço de diálogo e intercâmbio científico entre diferentes campos de atuação que incluem serviços, pesquisas e academias.
Para a presidente do Medtrop 2024, Hiro Goto, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o evento é uma oportunidade de experiência completa do ponto de vista médico-científico em Medicina Tropical.
“O Medtrop continuará a ser relevante, contribuindo para as ações na área médica, do planejamento, pesquisa, implantação de programas a prevenção e atendimento dos pacientes”, destaca a presidente.