O vereador Tchuco Benício, presidente da Câmara Municipal de Manacapuru, anunciou sua renúncia ao cargo na terça-feira, 19 de novembro de 2024, em meio a um cenário político conturbado e alegações de perseguição política por parte do prefeito Beto D’angelo (MDB). A decisão do parlamentar, que ainda está sendo repercutida na cidade, acontece após uma série de pressões que, segundo Benício, dificultaram o desempenho de suas funções e afetaram negativamente a administração do Legislativo Municipal.
Em seu pronunciamento, Tchuco Benício destacou que a falta de repasses da Prefeitura para a Câmara Municipal foi um dos principais motivos que o levaram a tomar essa decisão. Segundo o vereador, o não cumprimento dos repasses comprometia diretamente o pagamento de servidores municipais, incluindo os vereadores e funcionários da Casa Legislativa, o que gerou um ambiente de instabilidade e descontentamento.
“Estamos enfrentando dificuldades financeiras sérias, e os repasses da Prefeitura, que são fundamentais para o funcionamento da Câmara, não estão sendo feitos como deveriam. Isso tem prejudicado os servidores e dificultado a gestão do Legislativo. Além disso, a pressão política constante e as ameaças vindas do Executivo se tornaram insustentáveis”, afirmou Benício em entrevista.
O vereador também fez duras críticas à gestão do prefeito Beto D’angelo, alegando que a relação entre os dois se deteriorou após as eleições municipais. Segundo Tchuco Benício, o prefeito tem adotado uma postura de perseguição política, prejudicando o trabalho do Legislativo e dificultando a governabilidade do município.
“É uma situação insustentável. A política local não pode ser baseada em perseguições pessoais. A Câmara Municipal deveria ser um espaço de diálogo e colaboração, mas, infelizmente, isso não tem ocorrido”, afirmou.
A renúncia de Tchuco Benício marca um momento de instabilidade política em Manacapuru, que poderá afetar o andamento dos projetos e ações da Câmara Municipal nos próximos meses. A expectativa agora é de que o plenário da Casa Legislativa se reúna para eleger um novo presidente, o que deverá ocorrer em breve.
A decisão de Benício vem em um momento delicado para o município, que enfrenta uma série de desafios administrativos e financeiros. A gestão de Beto D’angelo, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a renúncia do presidente da Câmara e as acusações de perseguição política.
A situação gerou um clima de incerteza entre os vereadores e a população local, que agora aguardam as próximas ações do Executivo e do Legislativo para tentar superar o impasse.