O município Uarini, no Amazonas, enfrenta uma crise de abastecimento de água que já se estende por mais de uma semana, em pleno período de estiagem. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Uarini, abriu uma investigação para apurar a situação que afeta a zona urbana do município.
A ação do MP foi desencadeada após uma denúncia feita à Ouvidoria Geral, relatando que o centro de Uarini e bairros próximos estão sem água há dias ou, quando disponível, o fornecimento é insuficiente, com o líquido chegando às torneiras apenas nas primeiras horas da manhã e com pouca pressão. “O fato é ainda mais grave em razão da grande estiagem e das queimadas no município, onde a necessidade por água é ainda maior”, destacou o promotor Christian Anderson Ferreira da Gama, demonstrando preocupação com a situação.
O Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE) de Uarini atribuiu o problema a falhas na bomba de abastecimento, mas não forneceu detalhes sobre a extensão do problema nem estimou prazo para sua resolução. Em resposta, o MPAM determinou que a concessionária de água do município seja notificada e apresente, no prazo de 48 horas, uma explicação oficial sobre o desabastecimento, incluindo as medidas que estão sendo tomadas para resolver o problema e o tempo previsto para a normalização do serviço.
O promotor Christian Anderson Ferreira da Gama ressaltou a gravidade da situação, destacando que a falta de água constitui uma possível violação de um direito essencial, com impactos significativos para a comunidade. A investigação visa aprofundar as informações para assegurar que os direitos dos cidadãos sejam protegidos devidamente.
A crise hídrica em Uarini, agravada pela seca, coloca em evidência a necessidade de uma solução rápida e eficaz para garantir o acesso à água, um recurso fundamental para a sobrevivência e o bem-estar da população uarinense.