Saúde registra aumento de 41% no número de pacientes com TEA que recebem medicamento distribuído pelo Governo do Amazonas
O abastecimento é feito pela SES-AM, para todo o estado, numa logística que permite chegar às comunidades mais distantes
Cerca de 1.702 mil pacientes recebem sem custos, no Amazonas, o medicamento Risperidona, importante para o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os fármacos do Sistema Único de Saúde (SUS) são distribuídos, mensalmente, pelo Governo do Amazonas, chegando aos usuários cadastrados através da Central de Medicamentos (Cema), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
De janeiro a maio de 2023, 1.204 mil pessoas estavam cadastradas e recebiam o medicamento mensalmente. No mesmo período deste ano, o número de pacientes atendidos aumentou em 41%, agora com 1.702 mil pacientes sendo beneficiados.
A Risperidona foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015. O medicamento auxilia na diminuição das crises de irritação, agressividade e agitação, sintomas comuns em pacientes com TEA, mas é também utilizado por pessoas com esquizofrenia e transtorno bipolar.
De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, o medicamento é distribuído para os amazonenses, tanto da capital como do interior, num trabalho de logística da Cema, fundamental para que os remédios controlados cheguem até as comunidades mais distantes. “O Governo do Amazonas tem esse compromisso e investe na distribuição dos medicamentos que auxiliam esses pacientes, proporcionando qualidade de vida”, afirmou.
Segundo a gerente de Assistência Farmacêutica do Amazonas, Gleice Baiocco, para ter acesso ao medicamento é necessário o diagnóstico médico. “Para o paciente ser cadastrado, necessita do LME (Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização), a receita contendo o nome da medicação e a CID (Classificação Internacional de Doenças), que é dada pelo médico”, explicou.
Ainda segundo a gerente, é necessário, também, que o responsável pelo paciente apresente documentações pessoais, para realização do cadastro. Caso o paciente seja menor de idade, é preciso o representante legal para fazer a retirada da medicação. “O responsável faz o cadastro, que passa por uma análise pelos nossos avaliadores farmacêuticos. A partir daí a pessoa entra na regularidade de dispensação. Então, todo mês, o responsável pode vir fazer a retirada do medicamento. O LME tem validade de até seis meses”, detalha.
Em alguns casos, destaca a gerente, como o estoque da Cema é reforçado, o paciente recebe medicamentos para serem usados em um período de dois a três meses, evitando que todo mês tenha que se deslocar até a unidade ou a uma das 16 farmácias da rede de Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), existentes no Amazonas.
Contato para sanar dúvidas
Em caso de dúvidas, a Cema informa que dispõe de um telefone de contato para whatsapp, que funciona das 7h30 às 17h, de segunda a sexta-feira, com o número: (92) 98414-5557. “O paciente que precisa desse medicamento, não pode comprar e tem dúvidas, nos mande mensagem, nos procure, pois estamos aqui para facilitar o acesso”, observa Gleice Baiocco.