Agosto é o mês que registra, até o momento, o maior número de queimadas no Amazonas em 2021. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora os focos de calor por satélite.
Segundo o órgão, somente até o dia 14 deste mês foram registrados 4.167 queimadas em todo o Amazonas. O número é maior que o registrado em julho, que foi de 1.173 focos de calor.
De 1º a 7 de agosto foram registrados 1.740 queimadas. O número, inclusive, é bem superior ao total de focos de calor registrados em julho.
Já na segunda semana de agosto, entre os dias 8 e 14, foram 2.427. O aumento de uma semana para a outra foi 71%.
Em relação aos municípios que registram o maior número de focos, Lábrea lidera a lista de toda a Amazônia Legal. O município, que fica no extremo sul do Amazonas e na fronteira com o estado de Rondônia, acumula 1.397 casos.
Apuí, na fronteira com o Mato Grosso, vem na quarta posição no ranking dos municípios que mais registram queimadas. A cidade tem 1.248 focos no acumulado do ano.
Na semana passada, já havia feito um levantamento que mostrou que as duas cidades já tinham o maior número de casos de queimadas em 2021. Até o dia 8, as duas concentravam cerca de 1,4 mil focos de calor.
A situação é parecida com agosto de 2020, quando Lábrea e Apuí também foram as cidades que mais registraram casos de queimadas no Amazonas. Naquele período, o estado registrou 8.030 focos, o maior número desde o início do mapeamento feito pelo Inpe, em 1998.
A área onde elas estão localizadas é conhecida pela forte presença da pecuária. As queimadas e os desmatamentos são monitorados pelas entidades como movimentos de pecuaristas e fazendeiros da região, que buscam ampliar a área de pasto para o cultivo de gados.