Saúde e Bem-Estar

Qualidade de vida dos brasileiros piorou durante a pandemia

A qualidade de vida dos brasileiros piorou após os 5 primeiros meses da pandemia de Covid-19 no país, quando as medidas de restrição foram experienciadas por grande parte da população. O período de isolamento social resultou em piora dos hábitos alimentares, da qualidade e do tempo de sono, além do aumento do tempo em frente a telas de eletrônicos.

A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), da Ufla (Universidade Federal de Lavras) e da UFV (Universidade Federal de Viçosa), que recebeu relatos de 1.368 pessoas com mais de 18 anos de todas as regiões do país, em sua maioria mulheres do Sudeste, por meio de um questionário on-line.

Dados da pesquisa publicados em artigos na Public Health Nutrition e na Frontiers in Nutrition mostraram que 31% dos entrevistados vivenciaram uma diminuição do tempo de sono, sendo que 46% afirmaram ter notado uma piora da qualidade do sono. Além disso, 64% passaram a ficar mais tempo em frente às telas durante a pandemia e 43,3% reduziram o tempo de atividade física.

Também foi relatada uma mudança nos hábitos alimentares durante o período de isolamento e cerca de 58% dos participantes afirmaram ter aumentado o consumo de alimentos, sendo que 51% passaram a fazer lanches com mais frequência.

O uso dos aplicativos de entrega também cresceu e 67% passaram a pedir refeições caseiras com mais frequência. Segundo os pesquisadores, os resultados mostraram um aumento no consumo de produtos de panificação, refeições instantâneas e fast food, enquanto o consumo de vegetais e frutas diminuiu.

“Os hábitos alimentares mudaram, reduzindo o desempenho das refeições diurnas e aumentando o desempenho das refeições noturnas. A frequência de consumo de refeições instantâneas e fast food aumentou, enquanto o consumo de frutas e vegetais diminuiu”, diz uma das publicações.

Cerca de 20% dos entrevistados aumentaram a dose de bebida alcoólica consumida e 17% aumentaram a frequência do consumo. Por outro lado, 18% afirmaram ter diminuído a constância do consumo e apenas 1,2% aumentaram o uso do cigarro.

WSP
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