Polícia

Prisões da Polícia Federal inibem qualquer tentativa de anistia

As prisões realizadas pela Polícia Federal nesta terça-feira, 19, trouxeram à tona a tentativa de conspiração golpista da alta cúpula de militares ligados ao ex-governo de Jair Bolsonaro, aponta Paulo Ramirez, cientista político e professor da ESPM.

“É um caso gravíssimo, uma tentativa de assassinato não só ao atual presidente e ao vice-presidente do Brasil, como ao presidente do STF, Alexandre de Moraes. Há documentos da Polícia Federal afirmando que houve até mesmo a tentativa de alocar militares em locais estratégicos para alvejar o ministro Alexandre de Moraes. A trama acaba se constituindo de uma forma mais ampla, não se limitando unicamente ao 8 de janeiro, mas também a momentos pretéritos e um pouco anteriores à ascensão do Lula ao poder.”

Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM, destaca que as prisões aconteceram por conta da extensão nas investigações que a Polícia Federal tem feito desde 8 de janeiro, com a invasão ao Congresso, em Brasília.

“As prisões de hoje são decorrência das descobertas que a Polícia Federal fez no celular do Tenente Coronel Mauro Cid, utilizando um software israelense que permite recuperar conversas apagadas.” Para o professor, o fato não deve culminar na prisão de Mauro Cid.

“Ele contou mais do que havia contado para a PF, está se desdobrando e chegando cada vez mais perto do núcleo do ex-governo Bolsonaro”, diz.

Para Paulo Ramirez, o planejamento deve ser punido na forma da lei, com prisões, cassações de mandatos de deputados e senadores que possuem algum grau de aliança com o bolsonarismo. Além disso, o professor acredita que o ato inibe qualquer tentativa de anistia aos golpistas de 8 de janeiro. “Deve promover uma expansão da punição de todos os envolvidos com a trama, mesmo que ela não tenha sido realizada, foi planejada, o que não deixa de ser gravíssimo e pior realizado por membros da alta cúpula do governo, ligados à cúpula Militar que compunham o gabinete do governo Bolsonaro.”

Sobre a ESPM

A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em quatro campi – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Porto Alegre. Possui quatro unidades regionais em Florianópolis, Chapecó, Goiânia e Salvador. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.

Fontes: Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM, e Paulo Ramirez, cientista político e professor da ESPM

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