Primeira morte por Covid-19 completa cinco anos, mas passa despercebida na China
Marco do início da pandemia global relembra desafios enfrentados e reforça a necessidade de vigilância sanitária
Nesta segunda-feira (13), completaram-se cinco anos desde a primeira morte registrada por Covid-19 em Wuhan, na China. O marco, que sinalizou o início de uma pandemia global sem precedentes na história moderna, passou despercebido no país que foi o epicentro inicial do vírus. Apesar da ausência de menções oficiais ao ocorrido, o mundo segue enfrentando os impactos duradouros causados pelo coronavírus.
O paciente zero, um homem de 61 anos que frequentava o mercado de frutos do mar de Huanan, local apontado como origem da disseminação do vírus, perdeu a vida em 2020. A partir de então, o mundo vivenciou uma corrida contra o tempo para entender, controlar e tratar a doença que, até hoje, já resultou em mais de 6,9 milhões de mortes confirmadas.
A China, após anos de rígidas políticas de controle, como o “zero Covid”, flexibilizou as restrições em 2023, encerrando um ciclo de lockdowns e quarentenas que marcaram o país. Contudo, a falta de uma homenagem ou reflexão sobre o impacto da Covid-19 no aniversário deste marco chama a atenção, especialmente diante das perdas e mudanças globais que a pandemia gerou.
Enquanto isso, especialistas ao redor do mundo continuam a destacar a importância de manter a vigilância epidemiológica e os investimentos em ciência e saúde pública. A pandemia de Covid-19 evidenciou a fragilidade dos sistemas de saúde, mas também mostrou a força da colaboração científica, resultando no desenvolvimento recorde de vacinas.
Os cinco anos desde a primeira morte também servem como um lembrete da necessidade de união global para lidar com futuras emergências de saúde pública. A lição principal que a Covid-19 deixa é clara: a prevenção e a rápida resposta a surtos são essenciais para salvar vidas e minimizar os impactos sociais e econômicos de crises sanitárias.
Mesmo que o marco tenha passado despercebido pela China, a memória das perdas e aprendizados da pandemia continua viva em todos os cantos do mundo.