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Preço do frango dispara e consumidores já sentem no bolso

Seguindo a projeção dos demais alimentos que compõem a cesta básica, o preço do quilo do frango também apresenta constantes altas nas grandes redes de supermercados de Belém. Esse cenário de aumento é confirmado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), e se aplica aos produtos resfriado das marcas Americano e Avispará, que tiveram reajuste de mais de 40% nos últimos 12 meses, e do tipo congelado de ambas as marcas, com alta de mais de 20% durante o mesmo período acumulado.

De acordo com o Dieese-PA, o preço médio do quilo do frango resfriado da marca Americano custava, há exato um ano, a considerar o mês de agosto, R$ 7,50, em Belém, enquanto que no mesmo mês deste ano foi encontrado ao preço de R$ 10,91, o que representa o aumento de 45,47%. Já o valor a ser pago pelo quilo do tipo congelado da mesma marca apresentou alta de 24,56% nesse mesmo período, quando teve o preço médio de R$ 6,84 em 2020, e em agosto deste ano comercializado a R$ 8,52.

O mesmo aumento foi registrado nos frangos da empresa Avispará, em ambos os tipos. Os conservados de maneira resfriada tiveram alta de 43,82% nos preços praticados entre agosto do ano passado, quando foi vendido a R$ 7,28, e o mesmo mês de 2021, vendido a R$ 10,47. O frango congelado da mesma empresa também sofreu aumento nesse mesmo período, quando foi vendido a R$ 6,85 e foi comercializado este ano a R$ 8,89, alta de 29,78%.

RECLAMAÇÕES

Independente da conservação e das marcas, o certo é que o consumidor tem sentido no bolso o peso de um dos alimentos que, além de mais saudável, era uma alternativa à carne, que disparou. “Ano passado a gente comprava dois quilos de frango por R$ 12 a R$ 14, hoje estou pagando quase esse valor por um quilo do resfriado. Mas temos de comprar, pois ainda tem sido mais barato em comparação com a carne”, afirmou Nazaré Carvalho, 62, autônoma.

Apesar de ser a opção mais em conta para compor a proteína na mesa, a reclamação dos consumidores se deve ao fato dos constantes aumentos. “Não é porque ainda é mais em conta, principalmente em relação à carne. Não é justo diante das dificuldades que esse alimento sofra tantos aumentos. Tem ficado mais distante da mesa das pessoas, principalmente das mais necessitadas”, disse Mikely Magno, 29, cuidadora.

Evi Goffin

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