O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se tronou alvo de uma nova investigação movida pela Procuradoria Geral da República (PGR). Dessa vez, o órgão apura se o ministro cometeu crime de falsidade ideológica e fraude processual ao inserir no plano de vacinação, no ano passado, nomes de pesquisadores que afirmam não terem sido consultados sobre o documento.
No plano apresentado publicamente, os profissionais apareciam como responsáveis na elaboração do mesmo, mas eles negam o fato. Na época, disseram ainda que foram pegos de surpresa com a divulgação:
“O grupo técnico assessor foi surpreendido no dia 12 de dezembro de 2020 pelos veículos de imprensa que anunciaram o envio do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19 pelo Ministério da Saúde ao STF. Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência”, disseram os 36 pesquisadores na ocasião.
O caso foi denunciado pela deputada do PT, Natália Bonavides , e uma apuração foi aberta na PGR. O ministro Edson Fachin é o relator do processo.
Pazuello já é investigado por omissão no caso da crise sanitária do Amazonas e é um dos alvos da apuração que investiga a conduta do presidente Jair Bolsonaro referente a situação de calamidade no Norte.