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Pessoas idosas são alfabetizadas por meio de escolarização na FUnATI no Amazonas

Aulas ocorrem em dois turnos, de segunda a sexta-feira

“Pela primeira vez na vida, aos 70 anos, peguei um lápis para escrever”. O relato é da aluna Auxiliadora da Silva, matriculada no Centro Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa (Cemeapi) vinculado à Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI). Ela é uma das 30 alunas matriculadas presentes na acolhida nesta quarta-feira (1º/3), que marcou o início do ano letivo de 2023.

As aulas, realizadas em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed), acontecem na sede da FUnATI em duas turmas, pela manhã das 7h às 11h e no horário da tarde das 13h às 16h. A proposta metodológica do programa oferece aprendizado que vai desde o 1° ao 5° ano do ensino fundamental, e a duração total do curso é de apenas três anos, conforme o cronograma da rede municipal de ensino.

Durante a acolhida aos alunos, a coordenadora de Ensino da FUnATI, Kennya Mota, destacou a importância da alfabetização de alunos mesmo em idade tardia.

“Todos estão aqui com o mesmo sonho do aprendizado, com as mesmas dificuldades. É sempre bom essa oportunidade de integrar os alunos com os professores nessa grande família que é o Cemeapi da FUnATI”, disse.

A coordenadora do Cemespi, Josiane Silva, reforçou as políticas públicas voltadas aos idosos que não tiveram a oportunidade de alfabetização anteriormente.

“É um prazer termos duas turmas, com duas professoras, preocupadas com o ensino. Aqui nós não fazemos nada sem os alunos. Eles estavam sedentos pelo conhecimento. Essa sala só são somente o início, o pontapé inicial”, afirmou

Aprendizado

A aluna Auxiliadora da Silva, 70, conta que foi matriculada pela própria filha em junho do ano passado e se prepara para mais um ano letivo.

“Minha filha cresceu, estudou, se formou e disse: ‘Mãe, a senhora quer estudar?’ e eu disse que não tinha mais idade para estudar. Ela me matriculou sem eu saber e eu vim. Graças a Deus as professoras me ensinaram, já sei soletrar e conheço as palavras”, contou emocionada.

Fotos: Edimilson Pereira/FUnATI

 

WSP
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