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Pesquisa CovacManaus 2 começa a aplicar dose de reforço em participantes

A pesquisa CovacManaus 2, que iniciou nesta quinta-feira (30), vai avaliar a reposta imune à aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 com o imunizante AstraZeneca. Na nova pesquisa, podem receber a terceira dose da vacina os trabalhadores da educação e da segurança pública de Manaus que foram completamente vacinados dentro do primeiro estudo CovacManaus – iniciado em março deste ano – e mantiveram acompanhamento regular, conforme o protocolo do projeto.

A pesquisa é conduzida pela médica infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maria Paula Mourão; e pelo médico infectologista da FMT-HVD e especialista em saúde pública do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Marcus Lacerda.

Os participantes, que no primeiro estudo CovacManaus receberam duas doses do imunizante CoronaVac; agora receberão a dose de reforço com a AstraZeneca. De acordo com o infectologista Marcus Lacerda, a intercambialidade entre as vacinas – já praticada em outros lugares – tem demonstrado resultados positivos.

Participantes – Podem participar do estudo os trabalhadores da educação e da segurança pública de Manaus que receberam as duas doses da vacina CoronaVac pelo estudo CovacManaus, e que mantiveram o acompanhamento previsto pela pesquisa. A participação no CovacManaus 2 é voluntária.

Os indivíduos que estiverem aptos a ingressar no novo estudo receberão contato do call center do CovacManaus para, caso aceitem realizar a dose de reforço, assinar novo termo de consentimento e agendar a vacinação, que acontecerá na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, na avenida Constantino Nery, zona centro-sul de Manaus. Não haverá recrutamento de outros públicos.

CovacManaus – O estudo CovacManaus iniciou em 18 de março deste ano com o objetivo de avaliar o benefício de se antecipar a vacinação contra a Covid-19 em trabalhadores da educação e da segurança pública de Manaus em exercício, com idade entre 18 e 49 anos, e com comorbidades associadas ao risco de doença grave por Covid-19.

Foram vacinados com a primeira dose de CoronaVac, doadas pelo Instituto Butantan exclusivamente para uso em pesquisa, 5.087 participantes e com a segunda dose, 5.071 participantes.

Após os seis primeiros meses de acompanhamento, os pesquisadores divulgaram os dados preliminares do estudo. Entre os vacinados, 91% apresentaram anticorpos detectáveis após a 1ª dose da vacina, e 99,8% dos vacinados apresentaram anticorpos detectáveis após a 2ª dose. Neste período, 2,6% tiveram infecções confirmadas por Covid-19, 0,1% foram hospitalizados pela doença; um óbito foi registrado (0.02%).

Entre as principais comorbidades estão a obesidade (72%) e a diabetes (54%). Os dados apresentados serão submetidos à publicação científica.

Evi Goffin

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