Polícia

Pastor e influencer evangélico é preso acusado de estuprar três fiéis

O evangélico Victor Bonato fundou a igreja em um galpão do condomínio Alphaville, em São Paulo

O pastor e fundador de um “movimento” religioso voltado para jovens de Alphaville, bairro rico de Barueri, na Grande São Paulo, o influencer evangélico Victor de Paula Gonçalves, de 27 anos, conhecido como Victor Bonato, foi preso sob suspeita de estuprar três jovens que frequentavam o Galpão, grupo que ele criou há dois anos como “elo entre a pessoa que está perdida e a igreja”.

As vítimas, duas estudantes de medicina, de 19 e 20 anos, e uma empresária de 24 anos, foram à Delegacia da Mulher de Barueri, em setembro, para denunciar que Victor Bonato usava sua “influência religiosa” para manipulá-las e obrigá-las a ter relações sexuais com ele.

A polícia e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontaram risco de fuga do influencer e a Justiça decretou a prisão de Victor no último dia 20.

Segundo o inquérito policial, os crimes teriam ocorrido entre janeiro de 2021 e agosto deste ano, em diferentes lugares, como a casa de Victor, em Alphaville. Um dia antes do registro feito pelas mulheres na delegacia, o influencer postou um comunicado no Instagram, onde tem 146 mil seguidores, dizendo que precisava se “arrepender profundamente” e que faria um “detox de redes sociais”.

No dia seguinte ao boletim de ocorrência feito pelas vítimas, e véspera de sua prisão, Victor voltou às redes sociais para dizer que estava se “retirando da liderança” do Galpão e “tirando um tempo para me curar no Senhor”.

Na mesma data, o Galpão publicou uma nota afirmando que o influencer não fazia mais parte do movimento religioso, sem mencionar especificamente as acusações de estupro feitas pelas seguidoras.

Prisão de influencer

A prisão de Victor Bonato foi decretada no dia 20 de setembro pelo juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, e cumprida pela Polícia Civil no mesmo dia. O pregador segue atrás das grades, segundo informação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

 

Evi Goffin

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