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Padre é detido em Coari acusado de pedofilia e aborto forçado: PC revela detalhes chocantes

Durante a prisão do padre, ele foi encontrado com uma mulher que havia acabado de completar 18 anos, em um dos quartos onde ele residia

No último sábado, 17 de agosto, o padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso em Coari, a 363 quilômetros de Manaus, sob suspeita de pedofilia. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou mais informações sobre o caso em uma coletiva realizada nesta segunda-feira, 19 de agosto, na Delegacia Geral, localizada no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus.

Os crimes teriam ocorrido em setembro de 2023 e envolvem uma adolescente de 17 anos. As investigações começaram após denúncias anônimas feitas pelo Disque 100, que informaram que o padre estava mantendo relações sexuais com a vítima, além de gravar e armazenar o material em seu computador.

“Essa menor, ao ser levada à delegacia, relatou que mantinha relações sexuais com o padre desde os 14 anos. No ano passado, ela engravidou, e o padre a obrigou a abortar. O amigo do padre, Rayner, foi quem entregou o medicamento para o aborto, e a vítima foi forçada a realizar o procedimento,” explicou o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari.

Segundo o delegado Barradas, o feto foi enterrado no quintal de uma casa. O padre, além de cooptar as vítimas, as obrigava a manter relações sexuais com ele, utilizando de violência psicológica, afirmando que elas “pertenciam” a ele e que não seriam de mais ninguém.

Durante a prisão do padre, ele foi encontrado com uma mulher que havia acabado de completar 18 anos, em um dos quartos onde ele residia. Todo o material apreendido, incluindo mais de 260 vídeos armazenados em seu celular, ainda será analisado pela Polícia Civil. O notebook do suspeito também contém informações que podem indicar outros crimes.

O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, informou que até o momento quatro vítimas foram identificadas e ouvidas. “Este padre usava os vídeos para chantagear as vítimas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, e diversos vídeos estão sendo analisados,” afirmou Torres.

Torres também fez um apelo para que outras possíveis vítimas do padre compareçam à delegacia e destacou a cooperação da Igreja Católica no caso. “É importante separar o autor dos fatos da instituição. A Igreja Católica colaborou muito com as investigações e manteve sigilo até o momento da operação. Este é um caso isolado de uma pessoa que se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas,” enfatizou o delegado.

Todas as vítimas frequentavam a paróquia onde o padre exercia suas funções. A Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari foi elogiada pela operação de combate à pedofilia no município.

Evi Goffin

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