As Nações Unidas marcam neste 11 de outubro o Dia Internacional da Menina sob o lema “A visão das meninas para o futuro”.
Em mensagem pela data, o secretário-geral ressalta a ocasião para “ouvir as meninas e investir em soluções comprovadas que acelerarão o progresso em direção a um futuro no qual cada menina pode realizar seu potencial”.
Famílias, comunidades e economias mais fortes
Para António Guterres, o apoio, os recursos e as oportunidades certas tornam ilimitado o potencial de mais de 1,1 bilhão de meninas pelo mundo. Com elas liderando, o chefe da ONU acredita num “impacto imediato e abrangente” com o reforço de famílias, comunidades e economias e um futuro global mais “brilhante”.
O tema deste ano pretende inspirar a ação urgente pelo grupo e sua esperança persistente impulsionada pelo poder das vozes de meninas e pela visão para o futuro.
Guterres fala de uma geração de meninas que é atualmente afetada de forma desproporcional por crises globais como clima, conflito, pobreza e resistência aos ganhos duramente conquistados em direitos humanos e igualdade de gênero.
Escolhas e futuro limitados
A mensagem sublinha ainda que muitas delas ainda têm seus direitos negados, o que limita suas escolhas e seu futuro.
Dados da ONU revelam que quase um quinto das meninas ainda não concluiu o ensino fundamental. Para o caso do nível médio, são quase quatro em cada 10 nessa situação.
De acordo com as estatísticas, pelo menos 90% das adolescentes e mulheres jovens não têm acesso à internet em países de baixa renda. Já seus pares do sexo masculino têm duas vezes mais probabilidade de estar online.
Novas infecções por HIV
Em nível global, as meninas com idades entre cinco e 14 anos gastam diariamente 160 milhões de horas adicionais em cuidados não remunerados e no trabalho doméstico do que os meninos da mesma faixa etária.
Guterres menciona análises recentes demostrando que elas não são apenas corajosas diante das crises, mas promissoras quanto se trata de atuar rumo à visão de um mundo em que todas as meninas sejam protegidas, respeitadas e empoderadas.
Para o secretário-geral, o grupo não poderá concretizar essa visão sozinho e deve estar associado a quem as ouça e responda suas necessidades.
De acordo com a ONU, três quartos de novas infecções por HIV ocorreram em adolescentes de sexo feminino.
Quase um quarto das que estão casadas ou vivem com parceiros com idades entre 15 e 19 anos sofreram violência física ou sexual do companheiro íntimo pelo menos uma vez na vida.