Polícia

Onda de violência na Compensa deixa 21 mortos e policiamento é reforçado

Pelo menos 21 pessoas foram vítimas de homicídio no bairro Compensa, na Zona Oeste de Manaus, durante os três primeiros meses de 2021, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e Instituto Médico Legal (IML).

Conforme a polícia, uma briga entre facções criminosas acontece no bairro e tem refletido no aumento de homicídios na Compensa no início do ano. Operações contra crimes passaram a acontecer e até uma nova base policial foi montada na área para tentar coibir os casos.

De acordo com os dados divulgados pela SSP-AM, no mês de janeiro, foram três homicídios registrados no bairro Compensa. Já no mês de fevereiro, o número subiu para 13 mortes.

Ainda conforme dados divulgados pela SSP, o registro de 13 de homicídios no bairro Compensa em fevereiro de 2021 já é o maior número em um único mês dos últimos dois anos.

Entre 2019 e 2021, os meses com mais homicídios haviam sido fevereiro e maio de 2020, com 11 registros cada.

Segundo os registros de mortes no IML, durante o mês de março, cinco pessoas já haviam sido vítimas de homicídios no bairro Compensa até a tarde desta quarta-feira (17). Com o registro, o número de casos no bairro já é de 21 pessoas mortas em homicídios durante o ano.

Base policial montada após mortes

No início de março, uma base policial em uma tenda foi montada na Praça do Leme, na rua Maria Amorim Neves, no bairro Compensa. Questionada sobre o motivo, a SSP-AM informou apenas que a base faz parte de uma ação policial que acontece no bairro e que mais detalhes não poderiam ser repassados.

No local, policiais da 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), informaram ao G1 que a base foi montada após o grande registro de mortes que aconteceram no bairro nos dias anteriores. Segundo eles, uma briga entre duas facções criminosas acontece na área.

“Foi montada para reforçar a segurança por aqui. Estava acontecendo muitas mortes por conta do tráfico de drogas”, informou um policial militar que preferiu não se identificar.

Evi Goffin

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