Política

O presidente Jair Bolsonaro fez o discurso de abertura na 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 21

Bolsonaro começou sua fala com forte tom político ideológico: “É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas. Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo, em janeiro de 2019. Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção.

O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”. Bolsonaro retomou o raciocínio no fim do discurso: “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo.

Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”.

O ponto mais importante dos 12 minutos de discurso de Bolsonaro, em termos geopolíticos, foi o desmonte objetivo da narrativa que coloca o Brasil como “vilão ambiental”: “Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa. Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países.

O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais. São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500. Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental.

Outro ponto diplomaticamente fundamental foi a confirmação de que, em 2022, o Brasil volta a ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, “onde buscamos assento permanente”. Bolsonaro lembrou que o Brasil sempre participou em missões de paz da ONU: “De Suez até o Congo, passando pelo Haiti e Líbano.

Sobre o tema central da assembleia, Bolsonaro ponderou que a pandemia pegou a todos de surpresa e lamentou as mortes ocorridas no Brasil e no mundo. Nesse ponto, teve a coragem de deixar clara a postura do governo brasileiro: “Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo”. Bolsonaro lembrou que, “até o momento, o governo federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta.

Bolsonaro, que não tomou vacina contra a Covid-19 porque não quis, aproveitou para desmontar outra narrativa midiática, a de que o governo fosse contra a vacinação em massa da população: “Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial.

Bolsonaro finalizou seu discurso fazendo um comentário sobre as manifestações pacíficas e patriotas que aconteceram no Brasil no dia da independência : “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo. Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos. É aqui, nesta Assembleia-Geral, que, vislumbramos um mundo de mais liberdade, democracia, prosperidade e paz. Deus abençoe a todos”.

Evi Goffin

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo