Novo contrato de insulina para o SUS ainda enfrenta desafios no abastecimento

A falta de insulina no Sistema Único de Saúde (SUS), que tem afetado milhares de diabéticos no Brasil, pode começar a diminuir com um novo contrato firmado entre o governo e uma fábrica localizada em Minas Gerais. No entanto, o problema persiste, principalmente entre aqueles que dependem do SUS para seu tratamento diário.

A principal dificuldade é que o governo ainda distribui insulinas antigas, fabricadas desde a década de 80, que têm produção limitada no mercado global. Embora existam alternativas mais modernas, como as insulinas “análogas”, mais eficazes e com um controle de glicemia mais próximo ao de um pâncreas saudável, estas ainda não estão amplamente disponíveis.

A comissão responsável por incorporar novos medicamentos ao SUS recomendou recentemente a inclusão das insulinas modernas no sistema, mas a decisão final ainda está pendente. Em algumas regiões do país, as prefeituras e governos estaduais já oferecem essas insulinas mais modernas, embora também haja relatos de desabastecimento.

Eva, mãe de um diabético, teve que recorrer a um alto custo em farmácias para garantir a medicação de seu filho, após a falta do produto nas unidades públicas. Além disso, a inauguração de uma fábrica de insulina em Minas Gerais, em abril, visava melhorar o fornecimento, mas até o momento a produção tem sido direcionada ao mercado privado.

O Ministério da Saúde informou que, após vencer uma licitação em setembro, a empresa responsável começará a entregar as primeiras doses ao SUS em cerca de 60 dias.

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