Não culpe o trânsito quando VOCÊ é o condutor no volante.
Alguns anos atrás perdi uma das minhas melhores amigas quando um condutor embriagado atingiu o carro dela. Minha amiga saiu de madrugada com o marido, para ir ao hospital, pois a bebê deles de 8 meses estava com febre; e duas amigas totalmente embriagadas bateram e mataram minha best friend, que morreu após ser totalmente perfurada pelas ferragens, tentando proteger a filha que também foi atingida e faleceu.
Esse é apenas um relato de tantos outros que podemos citar sobre acidentes, onde pessoas inocentes têm suas vidas ceifadas por condutores irresponsáveis.
Esses dias acompanhamos o acidente trágico da madrasta que levava a enteada para orar na porta do hospital pela mãe que estava internada e, morreram após terem o carro literalmente esmagado por um caminhão em alta velocidade.
E a princípio a gente se revolta e procura culpados e exige mais rigidez nas leis de trânsito, mas a verdade é que sociedades se formam com indivíduos e trânsito envolve ‘condutores’, ou seja, no final das contas, é outro ser humano do outro lado do volante.
E pessoas são movidas por sentimentos, que podem ser de euforia, frustrações etc e, não se trata apenas de novas leis, mas de conscientização e gerenciamento de emoções. Infelizmente é um ciclo que as pessoas ignoram, mas uma pessoa que não tem amor próprio, dificilmente terá empatia pelo próximo e, consequentemente existe uma boa parte de ‘indivíduos’ que na ausência desse pensamento consciente, se tornam verdadeiros assassinos, quando ignoram alertas do tipo: Se dirigir não beba.
A triste realidade é que estamos de certa forma tão vulneráveis diante dessa insegurança social em tantos aspectos, que quando se trata de trânsito, o simples ato de você traçar um caminho rotineiro ás vezes, até o supermercado, ou na esquina da sua casa, pode te tornar uma vítima em potencial de alguém que do outro lado se acha o famoso ‘Velozes e Furiosos’, alguém que insiste em pensar que não bebeu demais ou que o efeito da droga já está passando, ou que vai apenas responder uma msn no whatsapp ou simplesmente alguém que acordou sem vontade de terminar o dia.
Até quando veremos cenas terríveis de carros totalmente destruídos, pessoas estiradas no asfalto, agonizando por socorro…até quando? Poderia ser eu, você, alguém que você ama…alguém que saiu sem imaginar que teria sua vida encerrada por um ato desumano de ausência de amor ao próximo.
Mais rigidez no trânsito, nas leis? Pode ser! Porém, de que adianta punir sem conscientizar?? E consciência e responsabilidade social precisam sim ser pauta nas escolas; ser tratado na sala de aula; com campanhas e palestras, para que possamos introduzir na sociedade, condutores que não fizeram apenas uma prova e passaram, mas que trazem na mente e no coração o amor á vida, o amor ao próximo, o amor próprio e a consciência de cidadania e dever social.
