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Morre Cid Moreira, ícone do jornalismo brasileiro, aos 97 anos

O Brasil se despede de um de seus maiores comunicadores, mas sua contribuição para a história da televisão e do rádio será lembrada por muitos anos

Nesta quinta-feira (3), morre aos 97 anos, o jornalista e apresentador Cid Moreira, uma das figuras mais marcantes da televisão brasileira. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e vinha se tratando de uma pneumonia nas últimas semanas.

Cid Moreira construiu uma carreira sólida e inesquecível na comunicação, sendo amplamente reconhecido por sua longa passagem pelo Jornal Nacional, da TV Globo. De acordo com o Memória Globo, o apresentador comandou o telejornal cerca de 8 mil vezes, sendo lembrado como a voz que transmitia credibilidade e confiança para milhões de brasileiros.

Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid Moreira começou sua carreira no rádio, em 1944, na Rádio Difusora de Taubaté. Seu talento para locução foi notado por um amigo, que o incentivou a fazer um teste. A partir daí, Cid seguiu narrando comerciais e logo se destacou, o que o levou a se mudar para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Em 1951, Cid migrou para o Rio de Janeiro, sendo contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Durante esse período, ele iniciou suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como Além da Imaginação e Noite de Gala, exibidos pela TV Rio.

Sua estreia no Jornal Nacional ocorreu em 1969, onde permaneceu por quase três décadas. Cid Moreira tornou-se um verdadeiro símbolo do jornalismo televisivo, conhecido pela seriedade e imparcialidade com que conduzia as notícias. Sua voz grave e emblemática marcou uma era e criou uma conexão direta com os lares brasileiros.

Além do jornalismo, Cid também foi locutor de diversas produções religiosas e gravou a Bíblia em áudio, alcançando um público ainda maior através de sua interpretação das Escrituras.

A morte de Cid Moreira deixa uma lacuna no jornalismo brasileiro. Sua trajetória, marcada por profissionalismo, ética e uma voz inconfundível, servirá de inspiração para gerações futuras. Mais que um apresentador, ele foi uma referência de credibilidade e respeito na comunicação.

O Brasil se despede de um de seus maiores comunicadores, mas sua contribuição para a história da televisão e do rádio será lembrada por muitos anos.

WSP
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