Moradora ferida em explosão, se recusa a ir ao hospital com medo da COVID

Uma das seis vítimas da explosão do condomínio Verona Premium, que mesmo machucada preferiu não receber atendimento em uma unidade de saúde, contou nesta quinta-feira (25) a uma emissora local como foi a explosão que ocorreu na noite de quarta-feira (24).

A mulher que está bastante machucada em uma das pernas, no braço e na rosto, disse que estava em seu apartamento, no andar de cima do bloco, quando sentiu um forte de cheiro de gás. “Uma pessoa do próprio condomínio tocou a minha campainha, para perguntar se era do meu apartamento que estava vindo o cheiro de gás. Mas não era, porque o meu gás estava fechado. Ai ele foi nos outros apartamentos e avisou que ia desligar geral”, disse.

Conforme a vítima, a explosão teria acontecido no apartamento do vizinho do andar de baixo, que trabalhava com a venda de sanduíches. “O vizinho do andar de baixo trabalha com a venda de sanduíches, tinha acabado de acordar e foi ligar o gás quando aconteceu a explosão”, relatou.

Segundo a mulher, no momento da explosão ela estava deitada no quarto quando a casa dela desabou. “Eu só lembro do barulho da explosão e eu saindo dos escombros”, relembrou.

A vítima denunciou que o condomínio nunca passou por vistoria após ser entregue e que mesmo os apartamentos receberem gás encanado, alguns moradores optam por colocar botijas de gás dentro de casa. “Tem pessoas que usam botija de gás mesmo tendo o gás do próprio condomínio. Isso é mais perigoso ainda, fora a borracha de plástico que não deve ser usada e sim a de ferro”, alertou.

A mulher disse ainda, que recusou atendimento em uma unidade de saúde por medo de pegar Covid-19. Ela foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) dentro da casa de uma cunhada. Ela perdeu tudo na explosão e agora aguarda a seguradora do condomínio.

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