Pitada de Opinião

Mãe incentiva uso de Cetamina e filha morre por overdose: análise psicopatológica e questão de imputabilidade

O caso Djidja envolve múltiplas e compras questões, incluindo suspeita de overdose por Cetamina. Nessas situações, é fundamental entender os perfis psicopatológicos dos envolvidos.

Estudos sugerem que alguns indivíduos podem ter traços de personalidade narcisista e antisocial (psicopatia), caracterizados por grandiosidade e falta de empatia.

Essas pessoas podem acreditar que suas ações são superiores e ignorar os riscos das drogas, formando grupos ou seitas para manipular e controlar pessoas, validando até crenças delirantes. Esses comportamentos demonstram negligência e abuso, colocando a saúde de terceiros em risco.

Comportamentos antissociais, como desrespeito pelas normas sociais e impulsividade, são comuns. As motivações podem incluir a busca de atenção e validação, criando uma narrativa de poder e influência, podendo ainda o uso de drogas ser uma fuga da realidade.

Para uma análise precisa em casos legais, exames psicológicos e psiquiátricos são necessários para determinar as características de personalidade e as circunstâncias no momento do ato ilícito.

Questão de Imputabilidade

A pergunta que todos se fazem é se a mãe, também sendo usuária da droga, poderia ser considerada responsável pela morte da filha?

A imputabilidade refere-se à capacidade de uma pessoa entender suas ações e saber que estão erradas, sendo assim legalmente responsável pela consequência dos seus atos.

Na perícia psiquiátrica, é essencial determinar se o indivíduo tinha entendimento e discernimento no momento que praticou as ações que levaram alguém ao óbito.

Usuários de substâncias psicoativas não são automaticamente inimputáveis, pois a avaliação depende da influência da droga sobre o discernimento e controle.

Portanto, um indivíduo pode ser considerado como responsável por suas ações se for demonstrado que sua capacidade de julgamento não estava significativamente comprometida pelo uso da droga.

A busca pela justiça exige uma análise cuidadosa, considerando os aspectos médicos e legais, para garantir uma análise imparcial e promover o equilíbrio social.

Sobre a psiquiatra

Dra. Alessandra Pereira é médica psiquiatra com mais de 17 anos de experiência em saúde mental. Especialista em desenvolvimento emocional e bem-estar, ela oferece consultas, mentorias e palestras para ajudar mulheres a alcançarem equilíbrio emocional.

Dra. Alessandra Pereira
Médica Psiquiatra
CRM-AM 3503 RQE 3951

 

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