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Jogos Olímpicos de Paris 2024 terão maior equipe de refugiados da história

Integrantes são 36 atletas originários de 11 países; cidadãos de nações como Síria, Sudão, Irã e Afeganistão competirão em 12 modalidades; grupo integra mais do triplo do primeiro time de refugiados que esteve nas Olimpíadas do Rio 2016

O Comitê Olímpico Internacional, COI, anunciou nesta quinta-feira a composição da maior equipe de refugiados de todos os tempos que participará nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A seleção contará com 36 atletas de 11 países e, pela primeira vez, competirá com emblema próprio.

Potencial humano de resiliência e excelência

A participação dos atletas originários de países como Síria, Sudão, Irã e Afeganistão em Paris será em 12 modalidades. A capital francesa será a terceira Olimpíada de Verão com a participação de um time de refugiados.

O presidente do COI, Thomas Bach, disse que, com a participação nos Jogos Olímpicos, eles demonstrarão “o potencial humano de resiliência e excelência”.

Nas as Olimpíadas do Rio 2016, COI formou a primeira equipe de refugiados com 10 integrantes
Acnur/Benjamin Loyseau
Nas as Olimpíadas do Rio 2016, COI formou a primeira equipe de refugiados com 10 integrantes

As declarações destacam que esse fator “enviará uma mensagem de esperança aos mais de 100 milhões de pessoas deslocadas em todo o mundo.”

Foi para as Olimpíadas do Rio 2016 que o COI formou a primeira equipe de refugiados com 10 integrantes. A meta era “aumentar a sensibilização para a questão, à medida que centenas de milhares de pessoas chegavam à Europa, vindas do Médio Oriente e de outros lugares, fugindo do conflito e da pobreza”.

Fundação de Refúgio Olímpico

Em 2021, um grupo de 29 integrantes disputou as Olimpíadas de Tóquio 2020, realizadas um ano depois devido à Covid-19.

A maioria dos atletas foi selecionada entre refugiados apoiados pelo Programa de Bolsas de Atletas Refugiados, financiado pelo programa de Solidariedade Olímpica do COI gerido pela Fundação de Refúgio Olímpico.

Para o alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, a equipe Olímpica de Refugiados deve lembrar ao mundo sobre “a resiliência, coragem e esperança de todos os que foram erradicados pela guerra e pela perseguição”.

Novo grupo integra mais do triplo do primeiro time de refugiados que esteve nas Olimpíadas do Rio 2016
Imprensa COA
Novo grupo integra mais do triplo do primeiro time de refugiados que esteve nas Olimpíadas do Rio 2016

Para o chefe da Agência da ONU para Refugados, Acnur, esses atletas “representam o que o ser humano pode fazer, mesmo diante de extremas adversidades”. Outra lembrança é que “o desporto pode ser transformador para pessoas cujas vidas foram perturbadas em circunstâncias muitas vezes angustiantes”.

Equipe com identidade única 

Grandi destaca ainda que o desporto pode oferecer desde o descanso, uma saída às preocupações quotidianas, uma sensação de segurança, um momento de diversão, além de “dar às pessoas a oportunidade de se curarem física e mentalmente e de se tornarem parte de uma comunidade novamente.”

O emblema a ser usado pela primeira vez é descrito como “um símbolo unificador que reúne diversos atletas e dá à equipe uma identidade única.”

Os organizadores ressaltam que cada membro “vindo de diferentes cantos do mundo, é um indivíduo com sua própria história”. Tal como os vários milhões de pessoas que representam, eles “também têm a experiência partilhada e vivida das suas viagens” que são refletidas no símbolo de uma flecha representando o rumo.

No centro do emblema, um coração inspirado no logotipo da Fundação do Refúgio Olímpico representa o sentimento de pertença que a equipe espera inspirar e que atletas e deslocados de todo o mundo encontraram através do esporte.

As informações são da ONU

WSP
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